Tema: Os vícios do homem contemporâneo
“Deus está morto!” Tal frase, dita pelo filósofo Nietzsche, é uma maneira contundente de explicar a passividade da sociedade em relação ao comum. Com uma crítica aos valores, vistos como imutáveis, vê-se uma analogia quanto aos vícios do homem contemporâneo, uma vez que há pouco questionamento do indivíduo acerca de seu ciclo social e, sobretudo, uma manipulação crescente sobre a população a partir das redes sociais. Por conseguinte, habituado a costumes indeléveis, o ser cede sua vida a quaisquer tipos de vícios, caracterizados por uma clara relação de dominância.
Mormente, vale salientar que os vícios podem ser vistos como uma forma de individualização do próprio ser e, consequentemente, moldagem daquilo que lhe confere como único — essência. Nesse viés, para o filósofo Sartre, além da existência preceder a essência, o indivíduo pode ser entendido como um projeto no mundo. Dessa forma, pessoas que demonstram uma repetição frequente em suas atividades diárias, tais como alcoólatras e fumantes, estão, na realidade, tentando se descobrir, para que, posteriormente, possam definir seu próprio eu. Não obstante, essa filosofia, mesmo sendo uma admiração em primeira instância, torna-se complexa justamente por essa difícil mudança de valores individuais. Sendo assim, o combate aos vícios não pode ser enfrentado apenas pela sociedade e coletividade, mas também pelas tentativas dos humanos de sempre construírem sua essência.
Ademais, com o avanço das redes sociais, propiciado pelo capitalismo, os vícios da contemporaneidade são mais recorrentes. Contudo, isso não se refere somente ao uso de aplicativos, porém, fundamentalmente, aos conteúdos que propagam. Recentemente, várias pessoas se sentiram sensibilizadas pela questão racial no mundo — infelizmente tal posicionamento é uma padronização repetitiva, pois a maioria dos manifestantes mal sabe as raízes do problema e apenas reproduz um ato que é corriqueiro e extremamente atual, até porque a prática do racismo começou há séculos. Logo, combater vícios traduz-se também no desvencilhamento da inocência no que tange à ascensão das redes virtuais e, indubitavelmente, suas mais variadas ramificações e transformações no pensar social.
Em suma, entende-se a necessidade de mudança dessa perspectiva, a qual é capaz de alienar e isolar o indivíduo do contexto em que vive. Portanto, é importante a atuação do Ministério da Educação no tocante ao fomento da reflexão filosófica dos cidadãos formandos. Nesse caso, professores dessa área estariam encarregados de debater a formação de vícios e sua relação com valores individuais, detalhando a maneira como os seres sempre buscam novas formas de viver e, às vezes, atrelam-se a apenas uma. Outrossim, seria de grande valor o papel de conscientização por parte das próprias mídias sociais para que os usuários entendam, de fato, os conteúdos que estão vendo e sempre possam ter a possibilidade de mudança de seus caráteres. Com essas medidas, talvez, o pensamento de Nietzsche esteja certo: as dependências possam ser combatidas e, na verdade, os próprios alicerces às mudanças.
ananda.
Wow, não tenho muito que proferir sobre sua redação. Belíssimo texto! O tema também é ótimo. Um único adendo é que está bastante extenso, concorda? Creio que não caberia na singela folhinha do ENEM tudo isto, mas aí vai de você dizer o que considera mais relevante para o seu texto. Há algumas coisinhas em excesso, como na sua proposta de intervenção – que por sinal está excelente – que fizeste questão de apresentar duas soluções completas. Muito bom, porém, uma só com o devido detalhamento basta.
Whatever, parabéns!
EDUARDAESTEVÃO
oi, boa tarde, (visando que não sou boa corrigindo redação), sobre a sua redação, achei um pouco confuso, grande demais os paragrafo, não indo direto ao ponto, acho que você enrolou demais, gostei do tema que trouxe, espero que meu comentário posso ajudar de qualquer maneira possível para a sua evolução, um beijo!
Kátia
Parabéns, sua redação apresenta um nível alto de qualidade Os pontos estão coesos, as argumentações se conectam e as citações são congruentes com a tese. Ademais, sua proposta de intervenção corrobora a solução do problema.
COMPETÊNCIA 1: 200
COMPETÊNCIA 2: 200
COMPETÊNCIA 3: 200
COMPETÊNCIA 4: 160
COMPETÊNCIA 5: 160