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O valor da identidade afro-brasileira na luta contra o racismo

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Na obra nacional “Casa Grande e Senzala”, escrita na década de 30, pelo autor Gilberto Freyre, é apontado que, com o passar dos anos, a convivência entre brancos e negros levaria a uma democracia racial. No contexto atual, quase um século após a publicação do livro, nota-se, oposto ao pensamento de Freyre, que o racismo ainda persiste e por intermédio da identidade e memória pode ser combatido, entretanto, a não valorização desses meios é um problema que deve ser revisto. Isso se evidencia não só pelo comportamento social, mas também pela falha no sistema educacional.

Sob esse viés, convém analisar de que maneira a postura da sociedade influencia no entrave. Nessa conjuntura, alude-se ao pensamento do físico Albert Einstein, o qual dizia que é mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito enraizado. Logo, fatores históricos, como racismo estrutural, atuam como potencializadores de tal prática deletéria, visto que, para alguns, a cor da pele ainda é motivo de superioridade. Assim, mesmo após a abolição da escravatura em 1888, a população negra ainda sofre com a marginalização e, consequentemente, é impedida de exercer sua total cidadania.

Outrossim, o modelo educacional vigente possui, indubitavelmente, intrínseca relação com tal desvalorização social. De acordo com o filósofo Immanuel Kant, o homem é aquilo que a educação faz dele. Nessa lógica, as falhas na esfera escolar, como o baixo incentivo ao estudo histórico da formação do país, moldada, quase sempre, por laços de opressão entre as diferentes matrizes étnicas, inviabilizam o interesse dos jovens na busca por suas raízes históricas.

Depreende-se, pois, que o Estado deve tomar providências para amenizar o quadro atual. Urge que o Ministério da Educação junto com as escolas priorizem, desde o ensino fundamental, o estudo sobre o continente africano e sua importância para a formação cultural brasileira, por meio de aulas lúdicas e debates na matéria de história, a fim de que as novas gerações se tornem críticas e possam combater o preconceito velado no cotidiano. Em adição, a sociedade civil deve promover a inclusão dessa minoria em espaços dominados por negatividade, por meio da promoção de rodas de conversa e palestras, com o fito de demonstrar o impacto da inclusão negra em todos espectros, sem discriminacao.

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3 Correções

  1. Ótima Redação. Percebe-se o domínio da Língua Portuguesa e o engajamento diante do assunto. O Tema foi discutido de forma coerente, sendo feita corretamente de acordo com as competências do Enem.
    Assim, seguindo nesse mesmo ritmo, com bastante repertório cultural e linguístico, acredito que receberá nota 1000 mil.

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  2. Comp. 1- 160
    estrutura sintática boa e com poucos desvios
    Na introdução, não acho legal colocar quase, poderia trocar por cerca ou aproximadamente.
    … memória,
    Comp. 2- 200
    uso produtivo do repertório
    Mesmo que essa citação de Kant seja considerada como clichê para os corretores do Enem, você soube usar muito bem.
    Comp. 3- 160
    organizado e ideias desenvolvidas com poucas falhas
    Comp. 4- 200
    repertório coesivo bastante diversificado
    Comp. 5- 200
    apresenta os 4 elementos + detalhamento
    nota: 920
    Parabéns, gostei muito do seu texto.

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  3. Ótima redação!
    Vê-se o domínio culto da Língua Portuguesa, já que não percebi um único erro gramatical.
    Ademais, percebe-se que a argumentação flui e a leitura não é cansativa, ao contrário, é muito informativa e reflexiva.
    A introdução está perfeita: há a citação, além da contextualização do tema e a tese.
    Sem contar a proposta de intervenção.
    Gostei muito da redação. Parabéns!

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