O valor da educação nas transformações sociais do Brasil

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Equidade educacional
O filme “Mãos talentosas”, dirigido em 2009 por Thomas Carter, encena a história de Ben Carson, garoto pobre, negro e com dificuldades na escola, que aproveitou o incentivo materno e a educação para se tornar um dos mais renomados neurocirurgiões do mundo. Embora o poder da educação seja evidente na ascensão individual e coletiva, no Brasil ele é claramente negligenciado. Tal problemática tem relações diretas com a desigualdade social e a estrutura do sistema educacional em si.

Cabe salientar, primeiramente, que embora diretamente relacionada com a melhoria da qualidade de vida, a educação muitas vezes depende justamente da classe social. Assim, parafraseando o sociólogo Karl Max, “o meio que está inserido determina o indivíduo”. Consecutivamente, os obstáculos enfrentados pela camada marginalizada da população fomentam mais atenção do Estado, para que esta tenha maiores oportunidades. Isso é visível, por exemplo, ao observar-se a discrepância entre o ensino público e o privado e a carência de ajuda e incentivo em casa, devido à falta de conhecimento ou tempo dos pais.

Em segundo lugar, é importante que a escola, além de mera difusora do conhecimento, desempenhe diversas outras funções para contribuir com a evolução da sociedade. Assim como dito pelo psicólogo Jean Piaget: “O principal objetivo da educação é criar pessoas capazes de fazer coisas novas e não simplesmente repetir o que outras gerações fizeram”, a escola tem o papel de auxiliar na formação do senso crítico dos alunos para que estes cumpram seus deveres e exijam seus direitos.

Portanto, é evidente que o debate a respeito do ensino brasileiro é indispensável para que todos tenham iguais oportunidades e para que ele seja desfrutado em sua completude. Assim, o Ministério da Educação deve criar políticas públicas que incentivem o apoio múltiplo e o debate nas escolas. Além disso, deve promover palestras direcionadas aos pais nas instituições de ensino, conscientizando-os sobre a importância de apoiar e incentivar seus filhos nos estudos. Dessa forma, inúmeros brasileiros poderão seguir o exemplo de Ben Carson.

Se puderem dar uma nota no estilo do Enem eu agradeço.

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1 Correção

  1. Bom dia, segue correção estilo ENEM:
    COMPETÊNCIA 1: DEMONSTRAR CONHECIMENTO DA NORMA CULTA DA LÍNGUA ESCRITA: Sua redação está muito bem escrita, texto simples e claro.
    COMPETÊNCIA 2: COMPREENDER A PROPOSTA DE REDAÇÃO E APLICAR CONCEITOS DAS VÁRIAS ÁREAS DO CONHECIMENTO PARA DESENVOLVER O TEMA, DENTRO DOS LIMITES ESTRUTURAIS DO TEXTO DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVO: Olha, você não fugiu do tema, todo parágrafo que eu leio parece sim me remeter a proposta, entretanto citou frases demais gastando linhas onde poderia ter aprofundado seus argumentos, embarcando com a competência 3 SELECIONAR E ORGANIZAR INFORMAÇÕES E ARGUMENTOS EM DEFESA DO PONTO DE VISTA: Você fala perfeitamente sobre a educação ser transformadora mas gasta as linhas que tu poderia usar para dar exemplos presentes no nosso território citando esses sociólogos, por exemplo, quais são os obstáculos enfrentados pela camada marginalizada? É a discrepância do ensino público e privado? e onde o Estado não está trabalhando pra que isso ocorra? Já que você salienta que a classe marginalizada fomenta mais atenção do Estado. Ademais, exemplificar mais porque isso é um problema e porque deve ser resolvido, com as linhas gastas para citar os sociólogos. “escola tem o papel de auxiliar na formação do senso crítico dos alunos para que estes cumpram seus deveres e exijam seus direitos”, como a escola pode fazer isso? digo-lhe novamente, deixar de gastar as linhas com citações e exemplificar o que está acontecendo dentro dessas escolas que faz com que os alunos não tenham interesse em trabalhar forte na sua formação.
    COMPETÊNCIA 4: DEMONSTRAR CONHECIMENTOS DOS MECANISMOS LINGUÍSTICOS NECESSÁRIOS PARA A CONSTRUÇÃO DA ARGUMENTAÇÃO.
    Usou bem as palavras para manter a coesão textual dos parágrafos.
    COMPETÊNCIA 5: ELABORAR PROPOSTA DE INTERVENÇÃO PARA O PROBLEMA ABORDADO.
    “Assim, o Ministério da Educação(AGENTE) deve criar políticas públicas (POR MEIO DE?) que incentivem o apoio múltiplo e o debate nas escolas(AÇÃO E OBJETIVO pouco claros). Além disso, deve promover palestras direcionadas aos pais nas instituições de ensino(MEIO E AÇÃO EXEMPLIFICADOS, TUDO OK), conscientizando-os sobre a importância de apoiar e incentivar seus filhos nos estudos(OBJETIVO).”
    Na sua proposta de intervenção foi sugerido políticas públicas que incentivem o apoio múltiplo e o debate nas escolas, mas nos seus argumentos você fomenta que a classe/posição social e a estrutura escolar pecam em incentivar os estudos. É uma boa proposta mas poderia ser mais clara, os alunos não terem incentivos por causa dos pais e da posição social poderia ser bem resolvido com debates? e de qual tipo de apoio múltiplo estamos falando?
    Na segunda parte, é boa a ideia das palestras para os pais incentivarem, mas como você mesma disse na sua redação, muitos não tem conhecimento ou formação escolar e não poder ajudar os filhos na tarefa os deixa muito triste e frustrados, teria algum meio melhor?
    Abraço.

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