O uso do castigo físico na educação de crianças e adolescentes.

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Publicada no último século, a obra “Brasil o País do Futuro”, expressa a confiança do autor no crescimento exponencial da nação. No entanto, tal esperança não tem se reverberado, uma vez que, o uso do castigo físico na educação de crianças e adolescentes, é um desafio a ser combatido, o que não corresponde às características de um país do futuro. Para reverter essa problemática, é essencial analisar a omissão estatal e do silenciamento midiático como seus propulsores.
Em primeiro plano, cabe destacar a negligência governamental como fator agravante da utilização de castigos físicos como abordagem educacional. Acerca disso, conforme o jurista brasileiro Raymundo Faoro, o Estado é dominado pelos chamados “donos do poder”, que cooptaram a máquina pública para servir aos seus próprios interesses. Dessa forma, uma vez que todo o aparato estatal está voltado para satisfazer política e economicamente esses indivíduos, o investimento destinados para minimizar os impactos deste inadequado cenário — como por meio da garantia fiscalização incessante do cumprimento das leis presentes no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), e na capacitação de profissionais que não submetam os educandos a constrangimentos e agressões, é deficitário. Consequentemente, a falta da atuação dos governantes da nação para combater o aumento dessas punições, resultam no lamentável ciclo, tornando a adoção desse mecanismo uma espécie de herança cultural, o que contribui negativamente na construção de caráter dos cidadãos em formação. Sendo assim, é imprescindível a reformulação da conduta estatal.
Além da indiligência supracitada, a mídia — enquanto o responsável pelo destaque dado a problemas no manto social — se faz inerte. A pensadora brasileira Djamila Ribeiro, defende que, o primeiro passo para erradicar um encalço é tirá-lo da invisibilidade. Sob esse viés, os veículos de comunicação se contrapõe ao ideal proposto por Djamila, haja vista a mínima visibilidade dada a casos os quais crianças e adolescentes recebem um tratamento abusivo dentro do âmbito familiar e escolar, contribuindo para o aprisionamento desse grupo à margem da sociedade. Assim, é inegável a necessidade de interferência imediata.
Em suma, diante do exposto, verifica-se a necessidade da tomada de medidas para enfrentar essa preocupante conjuntura. Para isso, o Estado — responsável por assegurar o bem comum — deve investir no incessante apoio da camada afetada, por meio de incentivos disciplinares — como palestras no ambiente escolar — a fim de conscientizar a fração vulnerável a efetuar denúncias a partir de uma central exclusiva, financiada por subsídios governamentais – para o tratamento dos casos. Além disso, cabe à mídia utilizar dos meios transmissores com o fito de ajudar a identificar ocorrências abusivas, além de atuar na divulgação da central, colaborando no exercício eficaz dos direitos de todos os cidadãos. Somente assim, consolidar-se-á uma sociedade munida de equidade e justiça caracterizando um verdadeiro país do futuro.

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4 Correções

  1. Aqui está uma versão corrigida e aprimorada da redação, com sugestões de melhorias para atender às competências do Enem e garantir maior clareza, coesão e coerência:

    O uso do castigo físico na educação de crianças e adolescentes

    Publicada no século XX, a obra Brasil, o País do Futuro expressa a confiança do autor no crescimento do Brasil. No entanto, essa esperança não tem se concretizado plenamente, visto que o uso do castigo físico na educação de crianças e adolescentes ainda é uma prática recorrente no país, o que contrasta com a imagem de uma nação progressista. Para reverter essa problemática, é essencial analisar a omissão estatal e o silenciamento midiático como fatores que perpetuam essa situação.

    Em primeiro lugar, destaca-se a negligência governamental como um dos fatores que agravam o uso de castigos físicos como abordagem educacional. Sobre isso, o jurista brasileiro Raymundo Faoro afirmou que o Estado é dominado pelos “donos do poder”, que utilizam a máquina pública em benefício próprio. Assim, o aparato estatal, voltado para atender a esses interesses, acaba negligenciando investimentos para fiscalizar o cumprimento das leis do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e para capacitar profissionais que possam atuar sem recorrer a práticas punitivas e constrangedoras. A falta de atuação dos governantes para combater esse problema reforça um ciclo cultural de violência, que contribui negativamente para a formação dos cidadãos. Dessa forma, torna-se urgente uma reformulação da conduta estatal para enfrentar essa questão.

    Além da indiferença governamental, a mídia, que deveria dar visibilidade aos problemas sociais, também se mostra inerte nesse contexto. A pensadora brasileira Djamila Ribeiro defende que o primeiro passo para combater uma problemática é tirá-la da invisibilidade. No entanto, os veículos de comunicação muitas vezes falham em dar atenção aos casos de abuso físico contra crianças e adolescentes no ambiente familiar e escolar, contribuindo para a perpetuação dessa prática e deixando as vítimas à margem da sociedade. A visibilidade da questão é fundamental para que o problema seja reconhecido e combatido.

    Em suma, é necessária a adoção de medidas para enfrentar essa situação preocupante. O Estado, responsável por garantir o bem-estar da população, deve investir em apoio à camada afetada, promovendo palestras nas escolas e incentivando a criação de uma central de denúncias exclusiva para casos de violência, financiada por recursos públicos. Além disso, cabe à mídia utilizar seus canais para divulgar essa central e contribuir para a identificação e denúncia de abusos, fortalecendo os direitos de todas as crianças e adolescentes. Somente assim será possível construir uma sociedade mais justa e equitativa, que se alinhe com a ideia de um verdadeiro “país do futuro”.

    Avaliação com base nas competências do Enem:

    Competência 1 – Demonstrar domínio da norma padrão da língua escrita:

    O texto está formal e em conformidade com a norma padrão da língua portuguesa, sem erros gramaticais ou de concordância. A correção incluiu ajustes de pontuação e estrutura de frases para melhorar a clareza.

    Nota: 180/200

    Competência 2 – Compreender a proposta e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema:

    A redação aborda o tema proposto de forma adequada, relacionando o castigo físico na educação com questões sociais e institucionais. A referência a autores e pensadores como Raymundo Faoro e Djamila Ribeiro enriquece a argumentação, demonstrando conhecimento multidisciplinar.

    Nota: 180/200

    Competência 3 – Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações para defender um ponto de vista:

    O texto está bem organizado, com uma introdução, desenvolvimento e conclusão estruturados de maneira lógica. Os argumentos são apresentados de forma clara, com uma progressão que permite ao leitor compreender o ponto de vista da autora. A estrutura argumentativa foi aprimorada na correção, eliminando redundâncias.

    Nota: 180/200

    Competência 4 – Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos para a construção da argumentação:

    O texto faz uso de conectivos e recursos de coesão de forma eficaz, garantindo a fluidez da leitura. A escolha de palavras e a variação de estruturas sintáticas contribuem para a coesão e coerência do texto.

    Nota: 180/200

    Competência 5 – Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos:

    A proposta de intervenção é bem desenvolvida, sendo viável e relacionada ao tema. São sugeridas ações concretas para o Estado e a mídia, visando conscientizar e proteger as crianças e adolescentes. A proposta foi aprimorada, detalhando o papel da mídia na divulgação de uma central de denúncias.

    Nota: 180/200

    Nota Final: 900/1000

    Sugestões para aprimoramento: Para alcançar uma pontuação máxima, pode-se incorporar mais dados concretos (estatísticas, por exemplo) para reforçar a argumentação. Além disso, um detalhamento maior na proposta de intervenção, especificando ações de implementação e monitoramento, fortaleceria ainda mais o texto.

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  2. Muito Bom Parabens. ompetência 1: Domínio da norma culta

    O texto demonstra um bom domínio da norma culta da língua portuguesa. O uso de conectivos, a concordância verbal e nominal estão, em sua maioria, corretos. Há alguns deslizes, como a expressão “destinados para minimizar os impactos”, que poderia ser reformulada para “destinados a minimizar os impactos”. Esses pequenos erros não comprometem a compreensão, mas é importante estar atento a eles.

    Nota estimada para a competência 1: 180/200.

    Competência 2: Compreensão da proposta e organização das ideias

    Você atendeu bem à proposta, abordando a questão do castigo físico na educação e analisando suas causas, como a omissão estatal e a falta de cobertura midiática. A argumentação está organizada de forma lógica, com a introdução clara e desenvolvimento coerente das ideias. A citação de Djamila Ribeiro enriquece a discussão, evidenciando a necessidade de dar visibilidade ao problema.

    Nota estimada para a competência 2: 200/200.

    Competência 3: Seleção de argumentos e construção de repertório

    Os argumentos apresentados são bem fundamentados, com referências relevantes, como o jurista Raymundo Faoro e a pensadora Djamila Ribeiro. Isso enriquece a análise sobre a questão do castigo físico e seus impactos. No entanto, poderia ser interessante incluir dados estatísticos sobre a incidência desse tipo de punição para fortalecer ainda mais a argumentação.

    Nota estimada para a competência 3: 180/200.

    Competência 4: Coesão textual

    O texto apresenta um bom encadeamento lógico, com as ideias fluindo de maneira coesa. Os conectivos são usados de forma eficaz para garantir a progressão do texto. A estrutura em introdução, desenvolvimento e conclusão está bem definida, embora algumas transições entre os parágrafos possam ser aprimoradas para uma fluidez ainda maior.

    Nota estimada para a competência 4: 180/200.

    Competência 5: Proposta de intervenção

    A proposta de intervenção é clara e viável, sugerindo ações do Estado e da mídia para combater o castigo físico. As ideias são relevantes e bem desenvolvidas, mas poderia ser interessante detalhar mais sobre a implementação das medidas sugeridas, como o formato das palestras e o funcionamento da central de denúncias.

    Nota estimada para a competência 5: 160/200.

    Nota: 880/1000.

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  3. O uso do castigo físico na educação de crianças e adolescentes

    Publicada no último século, a obra “Brasil, o País do Futuro” expressa a confiança do autor no crescimento exponencial da nação. No entanto, tal esperança não tem se reverberado, uma vez que o uso do castigo físico na educação de crianças e adolescentes é um desafio a ser combatido, o que não corresponde às características de um país do futuro. Para reverter essa problemática, é essencial analisar a omissão estatal e o silenciamento midiático como seus propulsores.

    Em primeiro plano, cabe destacar a negligência governamental como fator agravante da utilização de castigos físicos como abordagem educacional. Acerca disso, conforme o jurista brasileiro Raymundo Faoro, o Estado é dominado pelos chamados “donos do poder”, que cooptaram a máquina pública para servir aos seus próprios interesses. Dessa forma, uma vez que todo o aparato estatal está voltado para satisfazer política e economicamente esses indivíduos, o investimento destinado a minimizar os impactos deste inadequado cenário — como, por meio da garantia de fiscalização incessante do cumprimento das leis presentes no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), e na capacitação de profissionais que não submetam os educandos a constrangimentos e agressões — é deficitário. Consequentemente, a falta de atuação dos governantes da nação para combater o aumento dessas punições resulta no lamentável ciclo, tornando a adoção desse mecanismo uma espécie de herança cultural, o que contribui negativamente na construção de caráter dos cidadãos em formação. Sendo assim, é imprescindível a reformulação da conduta estatal.

    Além da indiligência supracitada, a mídia — responsável pelo destaque dado a problemas no manto social — se faz inerte. A pensadora brasileira Djamila Ribeiro defende que o primeiro passo para erradicar um problema é tirá-lo da invisibilidade. Sob esse viés, os veículos de comunicação se contrapõem ao ideal proposto por Djamila, haja vista a mínima visibilidade dada a casos em que crianças e adolescentes recebem um tratamento abusivo dentro do âmbito familiar e escolar, contribuindo para o aprisionamento desse grupo à margem da sociedade. Assim, é inegável a necessidade de interferência imediata.

    Em suma, diante do exposto, verifica-se a necessidade de medidas para enfrentar essa preocupante conjuntura. Para isso, o Estado — responsável por assegurar o bem comum — deve investir no apoio contínuo da camada afetada, por meio de incentivos disciplinares — como palestras no ambiente escolar — a fim de conscientizar a fração vulnerável a efetuar denúncias a partir de uma central exclusiva, financiada por subsídios governamentais para o tratamento dos casos. Além disso, cabe à mídia utilizar os meios transmissores com o fito de ajudar a identificar ocorrências abusivas, além de atuar na divulgação da central, colaborando no exercício eficaz dos direitos de todos os cidadãos. Somente assim se consolidará uma sociedade munida de equidade e justiça, caracterizando um verdadeiro país do futuro.

    Principais Correções:
    Pontos de Pontuação: Removi vírgulas desnecessárias e fiz ajustes para melhorar a clareza.
    Clareza e Coerência: Algumas expressões foram simplificadas para facilitar a compreensão.
    Concordância e Gramática: Ajustei concordâncias e erros gramaticais para garantir a correta norma culta da língua.

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  4. Sua redação está bem construída e fundamentada, mas há observações a serem feitas para melhor clareza e correção gramatical.

    >>> A menção à obra Brasil, o País do Futuro na introdução é uma boa estratégia para contextualizar o argumento, mas poderia ser explorada de forma mais direta e com maior precisão, pois não está claro o porquê dessa referência ao otimismo sobre o futuro do Brasil e como ela se conecta diretamente ao uso do castigo físico. Poderia ser melhor se você explicasse a relação entre o conceito de “país do futuro” e as práticas educacionais retrógradas, ultrapassadas.

    >>> No 2º período, “No entanto, tal esperança não tem se reverberado, uma vez que, o uso do castigo físico na educação de crianças e adolescentes, é um desafio a ser combatido, o que não corresponde às características de um país do futuro.”, o uso da vírgula se encontra vicioso em dois momentos: Após o termo “uma vez que” não deve haver vírgula, pois o termo seguinte não está deslocado, mas sim tem papel de sujeito. Além disso, após o termo “adolescentes”, não poderia haver vírgula, pois está separando o sujeito de seu predicado, o que é proibido pela língua portuguesa. Logo, uma forma correta de escritura seria:
    “No entanto, tal esperança não tem se reverberado, uma vez que o uso do castigo físico na educação de crianças e adolescentes é um desafio a ser combatido, o que não corresponde às características de um país do futuro.”

    >>> A apresentação do texto também é fator de nota na maioria das bancas examinaras, inclusive o ENEM, e seu primeiro parágrafo de desenvolvimento tem praticamente o dobro de linhas do segundo. É aconselhável que tente “enxugar” um pouco o parágrafo maior para que não perca pontos nesse detalhe.

    >>> Na frase: “Dessa forma, uma vez que todo o aparato estatal está voltado para satisfazer política e economicamente esses indivíduos, o investimento destinados…” há uma falha de concordância nominal em “o investimento destinados”.

    Essas são minhas observações feitas em seu texto, e quero dar os parabéns a seu texto, continuemos assim e venceremos!!

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