O uso de agrotóxicos no Brasil

Zygmunt Bauman, em sua teoria sobre modernidade líquida, afirma que as relações sociais e econômicas são fluidas, a fim de atender os interesses pessoais de cada um. Hodiernamente, esse pensamento associa-se ao uso de agrotóxicos no Brasil, que tem como finalidade acelerar o processo e a qualidade dos produtos agrícolas, não dando ênfase ao fato de que esses produtos colocam em risco a saúde dos consumidores e dos trabalhadores rurais, além de poluir o solo e a água. Assim, faz-se necessário instituir e controlar essa situação, além de rever as normas e proibições, garantindo um desenvolvimento saudável das produções agrícolas.
Preliminarmente, segundo dados da Universidade de Campinas, 1,5 milhão de trabalhadores rurais são intoxicados no campo. Nesse contexto, é impossível não apontar o manuseio incorreto dos agrotóxicos como ponto principal do problema, que ocorre pelo interesse comercial e a não fiscalização do uso desses produtos. Deste modo, botando em pauta o que já dizia Confúncio “o homem joga sua saúde fora para conseguir o dinheiro, depois, usa o dinheiro para reconquistá-la.”.
Ademais, é imperativo ressaltar o pensamento de Johann Goethe “a natureza pode suprir todas as necessidades do homem, menos a ganância.”, isto é, o uso de agrotóxicos no Brasil, além de pôr em risco a saúde dos trabalhadores e consumidores, ainda atinge o meio ambiente poluindo o solo e a água, o que também afeta de maneira indireta os animais. Esse ciclo venenoso precisa se encerrar, e para isso, é preciso controlar e fiscalizar essa situação.
Portanto, medidas são necessárias para coibir o entrave. Cabe ao Poder Legislativo, sancionar leis de caráter punitivo que visem fiscalizar e controlar o uso de agrotóxicos em território nacional. Além disso, o corpo social deve produzir hortas em suas casas para que tenham acesso à produtos naturais e saudáveis, com a finalidade de diminuir o uso de agrotóxicos. Deste modo, o Brasil superaria os entraves relacionados ao uso desses produtos.