O Tabagismo em questão no Brasil

O documentário “Fumando Espero” Dirigido pela ex-fumante Adriana Dutra, expõe as consequências do uso da nicotina no cotidiano do cidadão e, realça, especialmente, seu alto nível de dependência química e psicológica. Hodiernamente, a Lei 12.546 proíbe o ato de fumar de quaisquer produtos fumígenos, derivado ou não do tabaco, em locais de uso coletivo, públicos ou privados, a fim de dissolver os seus impactos na sociedade. No entanto, o que se observa na realidade contemporânea é o oposto no que tange à norma, seja pela ineficiência governamental e a falha consciência da população.

Mormente, a passividade do Estado e principalmente na esfera legislativa contribui para a permanência do problema. Segundo o pensador Thomas Hobbes, o estado é responsável por garantir o bem comum. Entretanto, dado feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) 9,8% dos brasileiros, acima de 18 anos, são dependentes do fumo. Dessa forma, observa-se que apesar das transformações políticas e socioculturais na sociedade pós-moderna, tal habito resulta em um desafio para a concretização de uma sociedade plena. Analogamente, tal cenário antagônico deriva da má gestão da verba recebida e indubitavelmente, o contrabando, perpetuando na problemática que, destarte gera uma série de crises e problemas sociais, como a falta de equipamentos de fiscalização para os infratores, além da ausência de campanhas publicitárias, com objetivo de conscientizar a população sobre a existência e consequência do agravamento do impasse. Nesse interim, tal fator tem como resultado a facilidade de adquirir o produto não licenciado e também pela insensatez do fumante em consumir o tabaco em locais não apropriados e de forma exagerada –o que prejudica a saúde do fumante e de quem está próximo- Dessa forma, o reforço da prática da regulamentação de leis rígidas como forma de combate à problemática é uma necessidade, e não uma questão opcional.

Outrossim, destaca-se a desinformação social como impulsionador da problemática. Conforme o sociólogo Emile Durkheim, o indivíduo só será apto a fim de intervir um problema social, quando entender as suas conjunturas e a origem. Sob tal ótica, nota-se a importância do papel da informação midiática e da educação como instrumentos de controle social, com o intuito que aja a participação da sociedade na administração pública, a fim de solucionar os problemas e assegurar a manutenção dos serviços de atendimento ao cidadão sobre os malefícios do impasse. Entretanto, aspecto de forma inerente por meio de difusão comunicativa, corrobora para o declínio da saúde pública, tal fato é evidenciado pela ausência de conhecimento, em parte da população, sobre o estado dos hospitais pública. Desse modo, evidencia-se a importância da informação na sociedade como forma de combate o impasse.

Nessa perspectiva, é necessário que subterfúgios sejam encontrados a fim de resolver a inercial problemática. Urge que o Ministério Público crie, por verbas governamentais, campanhas publicitárias que estimulem a sociedade sobre o maleficio do fumo. Tais campanhas devem ser webconferenciadas nas redes sociais, a fim de abordar as consequências do fumo e dependência de quem o consome. Além disso, é fundamental, a intervenção do Poder Executivo Federal no direcionamento de dinheiro para o setor da Saúde, para a construção de clínicas de apoio, por meio de palestras de ex usuário e aconselhamento médico associado a terapia medicamentosa. Dessa forma, o Brasil poderá ultrapassar antigos paradigmas.