O TRANSPORTE PÚBLICO NAS GRANDES CIDADES BRASILEIRAS

         Com a intensificação da industrialização brasileira, ocorrida a partir de 1930, as cidades passaram a crescer em ritmo ainda mais acelerado e, consequentemente, aumentou a necessidade por transportes que facilitassem a mobilidade urbana. Entretanto, no presente, ainda há condições que dificultam os avanços e modernidade nos transportes públicos nas metrópoles brasileiras. Nesse sentido, a inexistência de ações que garantam segurança e os preços altos das passagens, são os principais fatores que emergem desta problemática e devem, urgentemente, ser solucionados.

            Primeiramente, tem-se o fato de que os mecanismos estatais se mostram inertes no que diz respeito à elaboração de políticas públicas capazes de sanar a falta de segurança. Assim, em contraste com o que defendia o sociólogo Friedrich Hegel, o Estado tem falhado no papel de proteger os seus filhos. Isso pode ser verificado a partir da deficiência da vigilância nos transportes coletivos, que desampara os atores sociais da problemática e deixam mais suscetíveis a episódios de roubos, assaltos e consideráveis agressões. Dessa forma, é necessário analisar os impasses dessa problemática e intensificar a segurança dentro e fora dos transportes coletivos.

          Em segunda análise, é nítido que o valor das passagens não é acessível para grande parte dos usuários dos transportes públicos. Nesse sentido, o livro Quarto de Despejo, da escritora Carolina Maria de Jesus, narra a situação de desigualdade social presente em muitas famílias brasileiras. Sob essa ótica, é perceptível que grande parte das pessoas que usam os transportes coletivos são de camadas sociais emergentes e não desfrutam, muitas vezes, de uma renda estável para utilizar esse meio de locomoção. Tal problemática vai na contramão do que está disposto na Política Nacional de Mobilidade Urbana, na qual garante melhoria nos serviços desta área para todos os brasileiros.

      Depreende-se, portanto, a necessidade de melhoria nos transportes públicos nas grandes cidades. Para que isso ocorra, urge que o Estado, por meio de recursos destinados ao Ministério dos Transportes, intensifique a segurança dentro e fora dos transportes públicos, com a instalação de câmeras de segurança e contratação fiscais capacitados, para que se reduzam os índices de violência e os passageiros sintam-se seguros. Ademais, cabe as empresas responsáveis de transportes coletivos – que participaram e ganharam as respectivas licitações de suas cidades – , por intermédio da redução dos seus lucros, a criação de políticas públicas que diminuam o preço das passagens e aumente o conforto de todos, para que haja uma maior democratização do acesso ao transporte público.  Desse modo, o sistema de transportes será mais acessível e acompanhará o desenvolvimento das cidades brasileiras.

P.S.: Na digitação, a redação ultrapassou a quantidade de linhas, mas na folha ela correspondeu a 29 linhas!