O trabalho escravo nos dias de hoje

No romance de 2019, do escritor baiano, Itamar Vieira Junior, “Torto Arado”, é apresentado a história de duas irmãs que vivem em situação de trabalho escavo no sertão brasileiro. Nada distante da realidade, o livro aborda um tema que a sociedade pensa ter acabado na contemporaneidade. Nesse contexto, surge a questão do trabalho escrevo nos dias de hoje, causado seja pela insuficiência legislativa seja pelo apagamento do tema na sociedade.

Convém ressaltar, a princípio, que a insuficiência legislativa é um fator determinante na persistência do problema. Visto que, desde 1888, a partir da Lei Áurea, o Estado brasileiro considera que ter uma pessoa como propriedade é crime. No entanto, o que se verifica na realidade do Brasil, é que nos dias de hoje ainda existem pessoas em condições análogas à escravidão.

Além disso, outra dificuldade apresentada é o apagamento da problemática. De acordo com dados da Secretaria de Inspeção do Trabalho, nos últimos 25 anos, aproximadamente 55 mil pessoas foram resgatadas de condições consideradas semelhantes à escravidão no Brasil. Tal fato demonstra que o trabalho escravo não terminou no século XIX, mas persiste na sociedade brasileira atualmente sem ser notado.

Portanto, para que não existam mais pessoas em situações análogas à escravidão nos dias de hoje, urge que o Ministério do Trabalho, em parceria com veículos de comunicação em massa, faça campanhas que exponham tais casos por meio de reportagens. Para que desse modo, histórias como as de Torto Arado, fiquem apenas na ficção, e deixem de estarem presentes na realidade brasileira.

OBS: Escrevi de acordo com a norma do Enem no caderno, por isso, quando passo pra cá fica com menos linhas do que deveria.