O sistema carcerário no Brasil

Na obra”Estação Carandiru”, do médico e escritor Dráuzio Varella,é retratada as condições desumanas nas quais vivem os presos nos cárceres brasileiros.Diante disso,a crise no sistema carcerário é uma realidade no país,visto que a superlotação e a situação de insalubridade em que os deliquentes permanecem contribui para a fixação de tal problema.

Em primeiro lugar,é importante frisar,que a cultura do aprisionamento se faz presente no Brasil, já que a nação é a terceira no mundo com o maior número de indivíduos encarcerados.Sob esse viés,destaca-se, a quantidade excessiva de pessoas em celas que não suportam tamanha lotação.Analogamente a isso,o literato naturalista Aluísio de Azevedo, no seu livro “O cortiço”,explora o conceito determinista,-o qual acredita na influência do meio sob o homem-.Entretanto,nota-se então,que esse entrave atrapalha o processo de ressocialização, pois é uma conjuntura opressora.

Em segunda análise,a falta de higiene é uma veracidade. Em suma,custa muito caro prestar atendimento às necessidades de um recluso,por isso,muitas vezes o Estado não cumpre com essa responsabilidade, fazendo com que a família dos detidos arquem com os seus gastos financeiros.Sobretudo,a autora Nana Queiroz no exemplar “Presos que menstruam”,destaca a vulnerabilidade sentida pelas mulheres nas cadeias,pois grande parte delas não recebe tratamento ginecológico e nem acompanhamento médico para os seus filhos que normalmente nascem dentro das prisões.

Portanto,há medidas que podem mitigar a questão.O Ministério Público -que tem a função de promulgar a democracia- deve promover por intermédio do Poder Judiciário, propostas que busquem construir mais detenções alternativas ,fornecer saneamento básico,permitir assistência hospitalar e assegurar refeições regulares aos enclausarados, a fim de preservar a dignidade e o direito humano.Só assim,relatos como o do livro Estação Carandiru serão minimizados no cenário brasileiro.