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O retrocesso dos Direitos Humanos no Brasil

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O jornalista Gilberto Dimenstein, em seu livro “O cidadão de papel”, afirma que o sistema de leis brasileiro possui uma boa elaboração, porém carece de efetividade na prática. Paralelamente a isso, é notório a ineficácia e retrocesso dos Direitos Humanos no território brasileiro, tendo em vista que essa é uma declaração universal negligenciada, na maioria das vezes, pelo Estado. Devido a isso, faz se imperiosa a análise dos fatores que agravam esse quadro, como a omissão governamental e a invisibilidade do problema. 

A princípio, é evidente que a negligência do Governo frente à inúmeros casos de violência e morte é um fator que impulsiona o retrocesso dos Direitos Humanos. Nesse sentido, o sociólogo Émile Durkheim aponta a sociedade como um corpo biológico, cujo funcionamento só ocorre, integralmente, caso todas as partes exerçam suas funções. Sob essa ótica, o Estado não cumpre com seu princípio de garantir os direitos de todos os cidadãos, o que acarreta ações preconceituosas e injúria racial como situações frequentes na vida cotidiana dos brasileiros.

Ademais, é importante ressaltar que a carência de debates acerca do retrocesso dos Direitos Humanos intensifica o problema. Esse fator pode ser explorado pela teoria “Silenciamento de Discursos”, do sociólogo Karl Marx, o qual demonstra que alguns assuntos são omitidos pela sociedade para ocultar as mazelas sociais. Dessa maneira, a parcela da população que perde seus direitos, normalmente classes mais baixas, são invisibilizadas pela elite, que se desenvolve e rebaixa os indivíduos mais vulneráveis, tendo em vista a facilidade que o poder aquisitivo possui de calar os cidadãos mais pobres. 

Portanto, medidas são necessárias para resolução desse impasse. É dever do Governo Federal, órgão responsável pela harmonia social, por meio da efetivação das políticas públicas já existentes, garantir na prática o direito de todos os brasileiros, a fim de que sejam amenizados os problemas de desigualdade social e preconceitos. Junto disso, cabe à Mídia, por intermédio de propagandas, conscientizar a população sobre os seus direitos, para que os indivíduos possam desfrutar de uma vida digna. Feito isso, ver-se-á um distanciamento da obra de Dimenstein. 

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2 Correções

  1. Redação bem redigida, com as 2 problemáticas visíveis, conectivos bem associados as orações. Os argumentos estão claros e bem escritos. Só a diferença de tamanho que eu mudaria, acrescentaria mais coisa no segundo para não se tornar tao notório. Introdução até 7 linhas, desenvolvimento até umas 8 e conclusão umas 7. Redação bem elaborada, parabéns!
    Nota: 840

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  2. Olá, tudo bom? irei apontar aqui alguns aspectos da sua redação que me chamaram atenção…
    Seu texto está muito bom, bem estruturado, recheado de conetivos, bem esclarecido e com repertórios e argumentos muito bem colocados e concretos.
    Contudo, em sua redação, há a repetição de “retrocesso dos Direitos Humanos”, que poderia ser modificado por um sinônimo de “retrocesso” (regresso, decadência) ou substituir “Direitos Humanos” por um termo que se assemelhe a este, como: direitos individuais ou direitos fundamentais.
    E também, senti falta de uma conclusão mais desenvolvida sobre a introdução na ultima parte de seu texto, onde diz “Feito isso, ver-se-á um distanciamento da obra de Dimenstein”, essa conclusão final com retomada ao repertório inicial pode se desenvolver melhor (de que forma a conclusão se distancia da obra? ou qual seria o resultado desse distanciamento?).
    De modo geral, sua redação é digna de nota máxima, meus parabéns e continue assim!!!

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