O ressurgimento de doenças já erradicadas

Segundo o Artigo 196 da Constituição Federal brasileira, a saúde é direito de todos e dever do Estado. Nesse contexto, diante dos recentes surtos de doenças, antes vistas como erradicadas no país, como o sarampo, é notório o crescimento de movimentos antivacinas acompanhados com a falta de informação e a precariedade de higiene como causadores do preocupante ressurgimento. Desse modo, é de suma importância o debate acerca da problemática, a fim de extingui-la do Brasil.

A princípio, é evidente a diminuição da vacinação por parte dos indivíduos. Isso se deve pelo aumento de movimentos antivacinas, os quais se baseiam no direito de escolha do ser. Entretanto, a volta de enfermidades evidenciam os males gerados por essa esfera, comprometendo o bem-estar social. Além disso, a ausência de informação corrobora para a propagação de fake news, essas que incentivam a adesão do supracitado movimento. Logo, é explícita a necessidade da obrigatoriedade da vacinação frente ao poder de escolha, haja vista o ideário de Herbert Spencer: “A liberdade de cada um termina onde começa a liberdade do outro”.

Ademais, a precariedade higiênica é outro fator causador dessa adversidade. Pesquisas mostram que a falta de saneamento básico, por exemplo, facilita a propagação de vírus e bactérias, agentes etiológicos de diversas doenças. Análoga a essa realidade, é visto como o surto e sarampo se deu no Norte e Nordeste do território, regiões em que apenas 21% das residências têm contato com o tratamento de água e coleta de esgoto. Dessa maneira, é imprescindível a mudança de infraestrutura para a democratização do bem-estar social.

Em suma, ante do exposto, é essencial a adoção de medidas. Urge do Ministério da Saúde vinculado à mídia, a propagação de campanhas , em tvs e postos de saúde, para a conscientização da população sobre a importância da vacinação, em busca da extinção de movimentos contra essencial atividade. Outrossim, deve, a partir do Governo Federal, em parceria com o Governo Estadual, a gerência de investimentos em áreas carentes, a fim de proporcionar acesso a melhores condições de higiene a todos os brasileiros. Isso posto, haverá a concretização do supracitado alcance universal da saúde e o fim do ressurgimento de enfermidades.