O respeito à identidade de gênero no Brasil

O respeito à identidade de gênero no Brasil.

No livro ” A Garota Dinamarquesa”, cujo o foco narrativo acontece na Europa do século XX, é retratada a história de Lili Elbe, uma mulher transsexual, que após assumir sua verdadeira identidade, sofre com o preconceito de gênero por parte de uma sociedade intolerante. Fora da ficção, vê-se que a diversidade de gênero ainda não é plenamente respeitada no território brasileiro. Dessa forma, a ausência de políticas públicas contra a homofobia e a resistência de grupos conservadores agravam a problemática.

Em primeiro plano, é válido ressaltar o quanto a ausência de políticas públicas contra a homofobia afeta a comunidade lgbt. Sob esse viés, de acordo com a Constituição Federal de 1988, todos têm o direito à saúde, à educação, ao trabalho e à segurança. Contudo,muitos desses direitos são negados, e esse grupo enfrenta problemas em exercer a cidadania, haja vista o preconceito e a discriminação existente mas instituições públicas, como hospitais e escolas. Logo, é de extrema importância que o Estado garanta, aos lgbts, os direitos previsto pela Constituição, como o acesso a serviços de saúde e educação.

Ademais, a resistência dos grupos conservadores em aceitar e debater as diversidades de gênero impulsionam ainda mais a violência e a exclusão dessas minorias do contexto social. Em virtude do pensamento patriarcal da sociedade brasileira que destilam gratuitamente  ódio e intolerância, a população lgbt encontra dificuldades até em arranjar um emprego. Sob tal perspectiva, conforme uma pesquisa realizada pela associação nacional de travestis e transsexuais, cerca de 90% das pessoa trans no Brasil, acabam recorrendo a prostituição. Desse modo, para assegurar uma sociedade mais igualitária a identidade de gênero deve ser respeitada, bem como, o preconceito repudiado sob qualquer circunstância.

Destarte, medidas precisam ser tomadas para garantir o respeito à identidade de gênero no Brasil. Portanto, para acabar com o pensamento patriarcal da sociedade brasileira o Ministério da educação deve ofertar campanhas publicitárias e palestras ministradas por militantes lgbts, que exponham a necessidade de respeitar a identidade de gênero. Além disso, o Ministério da cidadania deve criar um plano de retirada dos travestis e transsexuais da prostituição, oferecendo capacitação proficional por meio de cursos e workshops em suas áreas de interesse, afim de dar melhores condições de vida a essas pessoas. Feito isso, a situação vivida por Lili Elbe não será mais comum entre a população brasileira.