O RACISMO ESTRUTURAL NO BRASIL

O princípio da escravidão negra no Brasil, dá-se em meados do século XVI, mediante à chegada do tráfico negreiro no continente europeu e americano, incluindo o Brasil. Infelizmente, desde então o racismo se tornou uma realidade estrutural da sociedade. Como resultado dessa discriminação racial, o Adolescente João Pedro Matos, 14 anos, foi morto com um tiro na barriga após uma operação policial no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, Rio de Janeiro. Uma história semelhante a inúmeras outras, onde vidas são tiradas pelo “achismo”, que são formulados a parti de uma mentalidade racista, que denomina o negro como bandido.

Em primeira análise, é notável que a discriminação racial no Brasil descende da escravidão. Seguimento esse que provém de uma mentalidade completamente errada e preconceituosa, em que pessoas julgam outras de acordo com a cor da sua pele. Embora, a segunda maior população negra do mundo, seja a brasileira, ainda assim, é considerado um dos países mais racistas. Posto isso, é manifesto que o racismo está em todos os lugares da sociedade, como, por exemplo, universidades, hospitais, delegacias, entre diversas outras estruturas que compõem a sociedade. Consequentemente, é gerada uma grande desigualdade, fora as várias outras sequelas desse ato infeliz, como a depressão e violências sofridas.

Em segunda análise, é perceptível como o racismo está penetrado na cabeça de muitas pessoas. Advém disso, a violência e injustiça, presentes no cotidiano. João Pedro é um das diversas vítimas dessa crueldade, se tornando mais uma estatística. Uma vez que, a mortalidade de jovens negros no Brasil é superior a de países em guerra civil no mundo. São 63 mil jovens brasileiros mortos por ano, sendo mais de 70% são negros. São vidas que se tornaram estatísticas, famílias e sonhos que foram destruídos por nada. Dito por outro modo, foram tirados de acordo com o “raciocínio” de pessoas preconceituosas, que determinam o valor de alguém pela sua cor de pele. Como disse Malcolm X, ativista e defensor dos direitos dos negros nos Estados Unidos, “Não lutamos por integração ou por separação. Lutamos para sermos reconhecidos como seres humanos”.

Portanto, cabe ao Ministério da Educação em conjunto com escolas, à criação de um projeto educacional que promova o combate do racismo através da educação, de modo que ninguém nasce racista e sim são ensinados a ser. Sendo assim, por meio desse projeto educacional, seja explicado desde cedo para crianças e adolescentes através de debates e dinâmicas interativas, que somos todos iguais. Em seguida, cabe ao governo federal em participação com a mídia, a criação de campanhas e debates nos meios de comunicação com a finalidade de combater ideologias racistas e gerar a desconstrução do pensamento preconceituoso de muitas pessoas. Por conseguinte, que todos entendam que ninguém é superior a ninguém, todos são semelhantes.