O artigo III da Declaração Universal dos Direitos Humanos possui o intuito de assegurar que todo ser humano tem direito à vida. No entanto, em muitos dos casos pessoas perecem nos hospitais em razão da falta de sangue para realizações de transfusões, impossibilitando-as de gozar de fato dessa garantia. Com efeito, evidencia-se que em conseqüência da falta de conscientização e mitos empregados na sociedade, vários indivíduos deixam de contribuir para arrecadação sanguínea, evitando que mais pessoas sejam salvas.
Convém ressaltar, a princípio, que a ausência de informação é fator determinante para permanência do problema, tendo em vista que mesmo havendo a lei 1.075, promulgada em 1980, a fim de dispor sobre a doação voluntária de sangue, inúmeras pessoas passam a não colaborar com a ação, em virtude do desconhecimento tanto da lei quanto de sua finalidade e de como proceder em favor dela, dado que o meio de divulgação utilizado é ineficaz, já que de acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), apenas 1,8% da população brasileira coopera com a iniciativa. Faz-se imprescindível, portanto, a dissolução desta conjuntura.
Além da inexistência de informatividade eficaz, as alegorias enganadoras existentes em meio às pessoas também é motivo decisório, uma vez que em conformidade com o escritor Stendhal, o medo nunca está no perigo, mas em nós. Dessa maneira, é possível afirmar que o ludíbrio empregue sobre a população, acarreta de forma significativa no pavor e fobia de possíveis novos doadores, que amedrontados, se recusam a solidarizar-se com este ato ponderoso. É extremamente deplorável que esse quadro ainda exista no corpo social.
Diante dos fatos supracitados, torna-se necessário que sejam tomadas medidas para resolver o impasse, sendo assim, urge que o Ministério da Saúde com apoio das Secretarias de Saúde dos municípios divulgue ainda mais esta prática caridosa e auxilie no progresso de novos colaboradores, através de rádios, comerciais e programas de TVs, meios de comunicação social, palestras em comunidades escolas e principalmente em empresas, utilizando uma comunicação explicativa e orientativa, com a finalidade de levar esta causa para mais pessoas e esclarecer duvidas pertinentes e inibir prática caluniosa causadoras de pânico na sociedade sobre o assunto. Deste modo, a arrecadação sanguínea passará a contar com novos doadores, logo, pessoas passaram a ser salvas e poderão desfrutar ainda mais do artigo III da Declaração Universal dos Direitos Humanos.
claramattos
C1: 200 Demonstra excelente domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa e de escolha de registro.
C2: 160 Desenvolve o tema por meio da argumentação consistente e apresenta bom domínio do texto dissertativo-argumentativo, com proposição, argumentação e conclusão. Sugiro que emita um olhar mais crítico e menos factual sobre o texto, substituindo , por exemplo, ” a ausência de informação é fator determinante para permanência do problema,”por ” a ausência de informação corrobora a permanência do problema,”. Corrobora, reflete, é reflexo de, contribui, fomenta, etc. são estruturas de ligação que exprimem mais opinião do que o “é”.
C3: 160 Apresenta informações, fatos e opiniões relacionados ao tema, de forma organizada, com indícios de autoria, em defesa de um ponto de vista. Sugiro que divida os primeiros períodos dos parágrafos de argumentação, tend em vista que devem ser os menores do parágrafo ( no 1 parágrafo, ele está especialmente muito grande, o que em muito dos casos prejudica a coesão e coerência da redação).
C4: 120 Articula as partes do texto de forma mediana com inadequações, e apresenta repertório pouco diversificado de recursos coesivos. Sugiro que se atente a adicinar um elemento de coesão no início de todo período. Dessa forma, períodos como “É extremamente deplorável que esse quadro ainda exista no corpo social.” devem ser SEMPRE iniciados com “nesse sentido”ou alguma outra locução. Vale ressaltar, também, que é preferível o uso de termos como “Em contrapartida”ao uso de “no entanto”.
C5: 160 Elabora bem a proposta de intervenção relacionada ao tema e articulada à discussão desenvolvida no texto. Sugiro que dê ênfase no “como” se dará essa solução, por meio da utilização de estruturas como o “por meio de”, “através de”, etc.