O processo adotivo no Brasil

“No meio do caminho tinha uma pedra”, o verso do poema de Carlos Drummond de Andrade, poeta brasileiro, pode ser considerado como uma metáfora na vida de seu eu lírico. Desse modo, é possível considerar que em todo trajeto haverá entraves. Analogamente, o processo adotivo no Brasil também apresenta obstáculos. Sendo assim, faz-se necessário a análise dos fatores que favorecem esse quadro.

A princípio, convém ressaltar o quanto a questão socioeconômica contribui para esse problema. Segundo o filósofo Platão, o importante não é viver, mas viver bem. Sob esse viés, esse é um fator que torna o cenário da adoção burocrático, pois de acordo com a citação, os responsáveis pelo procedimento avaliam se os interessados pelo indivíduo vivem com “regalia”. Consoante a isso, essa conjuntura mostra-se com um desafio para os mesmos.

Além disso, o preconceito racial também é um fator determinante para o processo. De acordo com o filósofo Voltaire, preconceito é opinião sem conhecimento. Sob essa analogia, na questão da adoção essa também é uma barreira a ser enfrentada pelos que desejam acolher o membro, pois para aqueles que estão no comando do processo de adoção, o julgamento precipitado pela cor da pele é melhor do que conhecer a família que deseja fazer adoção.

Portanto, algo precisa ser feito com urgência para amenizar a questão. Logo, é imperioso que o Governo Federal, destine verbas no intuito de ajudar financeiramente as famílias que desejam adotar um indivíduo, porém não tem uma condição suficiente. Cabe também ao governo, decretar por meio de uma lei, que questões como cor da pele, lugar que mora, profissão e etc; não poderá ser fatores determinantes para se acolher alguém no Brasil. Nesse sentido, essas ações tornariam o processo mais prático e justo perante todos os envolvidos. Somente assim, não teremos uma pedra no meio do caminho.