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O preocupante crescimento da automedicação pela sociedade brasileira contemporânea

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Na obra “Utopia”, o escritor Thomas More retrata uma sociedade perfeita, na qual o corpo social padroniza-se pela ausência de conflitos e problemas. No entanto, o que se observa na realidade brasileira é o oposto do que o autor narra, tendo em vista o preocupante crescimento da automedicação pela sociedade. Sob esse viés, torna-se crucial analisar as causas desse revés, dentre as quais destacam-se a inoperância estatal e a influência midiática.

Em primeiro plano, é válido destacar como a omissão governamental corrobora essa problemática. Tal contexto ocorre, principalmente, porque, como já mencionado nos estudos da antropóloga Lilia Schanrcz, há uma prática de uma política de eufemismo no Brasil, ou seja, determinados assuntos tendem a ser suavizados e não recebem a atenção necessária pelo Poder Público. Sob essa ótica, é perceptível como o reduzido debate sobre os perigos que a automedicação apresenta, bem como o difícil acesso a informações verídicas sobre medicamentos, dificultam a resolução desse quadro. Assim, enquanto a falta de ação e a desinformação se mantiverem, o quadro se perpetuará.

Ademais, é notório como a manipulação midiática apresenta-se como impasse na resolução desse problema. Com isso, pela frequente veiculação, pelos meios de comunicação, de conteúdos que estimulam as pessoas a se automedicarem, parte da sociedade mostra-se induzida por esses assuntos, que passam a reproduzi-los com naturalidade, um exemplo disso foi na pandemia do covid-19, na qual as pessoas passaram a divulgar nas redes sociais que apenas o uso da cloroquina era o bastante para combater o vírus. Tal situação exemplifica os estudos do filósofo Adorno, o qual afirma que a mídia tem capacidade de influenciar na conduta humana. Desse modo, a mídia contribui de forma intensa com esse agravante.

Portanto, medidas devem ser tomadas para mitigar essa mazela. Para tanto, o Ministério da Saúde, em parceria com a Mídia, a qual tem grande poder de alcance de pessoas, deverá produzir campanhas que apresentem os riscos que a automedicação possui. Tal ação poderá ser realizada por meio das redes sociais, como Instagram, a fim de informar um maior número de pessoas. Destarte, espera-se alcançar uma sociedade perfeita como a retratada pelo escritor Thomas More.

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  1. Na obra “Utopia”, o escritor Thomas More retrata uma sociedade perfeita, na qual o corpo social padroniza-se pela ausência de conflitos e problemas. No entanto, o que se observa na realidade brasileira é o oposto do que o autor narra, tendo em vista o preocupante crescimento da automedicação pela sociedade. Sob esse viés, torna-se crucial analisar as causas desse revés, dentre as quais destacam-se a inoperância estatal e a influência midiática.

    Em primeiro plano, é válido destacar como a omissão governamental corrobora essa problemática. Tal contexto ocorre, principalmente, porque, como já mencionado nos estudos da antropóloga Lilia Schanrcz, há uma prática de uma política de eufemismo no Brasil, ou seja, determinados assuntos tendem a ser suavizados e não recebem a atenção necessária pelo Poder Público. Sob essa ótica, é perceptível como o reduzido debate sobre os perigos que a automedicação apresenta, bem como o difícil acesso a informações verídicas sobre medicamentos (SUGESTÃO: aprofunde mais sobre o porquê é difícil: são fake news, é a comunidade científica que não disponibiliza mais informações para população…), dificultam a resolução desse quadro. Assim, enquanto a falta de ação e a desinformação se mantiverem, o quadro se perpetuará.

    Ademais, é notório como a manipulação midiática apresenta-se como impasse na resolução desse problema. Com isso, pela frequente veiculação, pelos meios de comunicação, de conteúdos que estimulam as pessoas a se automedicarem, parte da sociedade mostra-se induzida por esses assuntos, que passam **(se esse verbo está se referindo à “população” deveria ser passa)** a reproduzi-los com naturalidade, um exemplo disso foi na pandemia do covid-19, na qual as pessoas passaram a divulgar nas redes sociais que apenas o uso da cloroquina era o bastante para combater o vírus. Tal situação exemplifica os estudos do filósofo Adorno, o qual afirma que a mídia tem capacidade de influenciar na conduta humana. Desse modo, a mídia contribui de forma intensa com esse agravante.

    Portanto, medidas devem ser tomadas para mitigar essa mazela. Para tanto, o Ministério da Saúde, em parceria com a Mídia, a qual tem grande poder de alcance de pessoas, deverá produzir campanhas que apresentem os riscos que a automedicação possui. Tal ação poderá ser realizada por meio das redes sociais, como Instagram, a fim de informar um maior número de pessoas. Destarte, espera-se alcançar uma sociedade perfeita como a retratada pelo escritor Thomas.
    Sua redação tem um grande potencial de argumentação e uma excelente norma culta, atente-se apenas a concordância verbal de algumas palavras. Sobre a argumentação, acho que o único ponto foi aquele de cima mesmo. Um erro que pode ser computado é o fato de ter repetido muito o “tal” no seu texto, para substituí-lo você poderia ter usado “esse, nesse…”, o que te penaliza na C4, que além de se referir ao uso de conectivos, também pontua acerca do uso inadequado ou repetido deles.
    C1:200
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    C3:200
    C4:160
    C5:200
    Nota: 960
    Estou aqui apenas para ajudá-lo, qualquer dúvida meu email está na bio. Se gostou da correção, vota aí.

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