O preconceito linguístico no Brasil

A constituição federal de 1988 prevê, em seu artigo 5°, o direito a igualdade perante a lei como essencial a todo cidadão brasileiro. Conquanto, tal direito não tem se repercutido com ênfase na prática quando se observa o preconceito linguístico no Brasil, dificultando, deste modo, a universalização desse direito social tão importante. Diante dessa perspectiva, faz-se indispensável a análise dos fatores que favorecem esse quadro.

Em uma primeira análise, deve-se ressaltar a ausência de medidas para combater o preconceito entre línguas no Brasil. Segundo Marcos Bagno, no livro Preconceito Linguístico, a mãe que fala “mode que” em lugar de “por causa de” tem tratamento diferenciado na escola. Outrossim, os alunos que conversam diferente de seus colegas são apontados e são alvos de brincadeiras, fazendo com que esses se isolem dos amigos.

Ainda falando do livro Preconceito Linguístico, nele, o escritor Marcos Bagno diz que o mito do domínio padrão da língua portuguesa tem levado muitos a acreditar que isso é a única forma para falar e escrever bem. Diante de tal exposto, é correto afirmar que há um preconceito entre as cinco regiões do Brasil, visto que, por exemplo, um sulista se acha superior ao nordestino por presumir que sua fala é mais correta. Logo, é inadmissível que esse cenário continue a perdurar.

Depreende-se portanto, a necessidade de combater esses obstáculos. A fim de que extingue o preconceito linguístico no Brasil, cabe ao Estado, a distribuição de cartazes e panfletos pelas ruas afora que conscientizem a sociedade sobre as consequências desse prejulgamento. Assim, espera-se que a população reconheça a importância de mudança de tal cenário, consolidando uma sociedade permeada pela efetivação dos elementos dispostos na magna carta.