O preconceito linguístico no Brasil

     Ao assistir filmes brasileiros como “O auto da compadecida” e “Cidade de Deus”, temos a certeza da grande diversidade cultural do Brasil, que varia a cada região. Ambos retratam realidades totalmente diferentes: tanto os cenários, quanto o modo de expressão linguístico. Contudo, essa assimetria existente na língua causa grande preconceito e, consequentemente, gera conflitos.

     A priori, segundo a Constituição Federal, a liberdade de expressão é um elemento integrativo da dignidade da pessoa humana e, quando essa é restringida, se torna um ato de violência. O julgamento pelo modo em que um indivíduo fala o torna discriminado, envergonhado e, por conseguinte, excluído da sociedade. Quando se trata de um coletivo, o resultado é ainda pior ao país.

     Ademais, o preconceito linguístico nasce a partir da construção de um padrão estabelecido pela elite econômica e intelectual, que ignora e existência da miscigenação e também da desigualdade social que impede oportunidades de aprendizado congruente a todos.

     Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. Segundo o filósofo Immanuel Kant, o ser humano é aquilo que a educação faz dele, logo, cabe ao Ministério da Educação juntamente ao Ministério dos Direitos Humanos a realização de projetos para os alunos e aos familiares nas escolas, visando a conscientização e o reconhecimento da história brasileira com o objetivo de que a grande população não permaneça ignorante.