No livro “Triste Fim de Policarpo Quaresma”, de Lima Barreto, o protagonista Policarpo, um grande nacionalista, sugere a adoção da língua Tupi como a oficial do Brasil, ideia não aceita e muito censurada, haja vista o preconceito contra ela, por ser indígena. Analogamente, no Brasil atual, mesmo com tantas variações do idioma, como regionais e geracionais, a nefasta prática do preconceito linguístico é disseminada, causando rejeição aos que falam diferente da norma culta, e a redução de oportunidades para eles.
Em primeira análise, é visível a discriminação sofrida pelos que falam de forma distinta da norma padrão. Isso porque essas pessoas são estereotipadas como ignorantes e sofrem ataques, geralmente em forma de chacota, os quais desmerecem e os afastam de certos espaços. Nesse sentido, o sociólogo Karl Marx interpretava os meios de comunicação em massa como propagadores do que as elites dominantes consideram aceitável, algo potencializador do preconceito linguístico, pois a mídia brasileira apresenta certos falantes como inteligentes e cultos, e outros como motivo de piada. Destarte, é nítida a segregação, fomentada pela mídia, sofrida por quem fala “errado”.
Ademais, o preconceito linguístico ceifa oportunidades de muitas pessoas. Similarmente à Teoria da Seleção Natural, do cientista Charles Darwin, a qual afirma que a natureza descarta seres menos adaptados, a sociedade brasileira elimina de alguns espaços os indivíduos cujo vocabulário não segue a regra culta fielmente. Este nocivo problema ocorre porque acredita-se na necessidade de todos falarem um mesmo português normatizado. Portanto, quem não segue este preceito, independente do motivo, tem dificuldades de conseguir certas oportunidades, como empregos, e acaba sempre em espaços mais desfavorecidos.
Em conclusão, medidas devem ser tomadas para atenuar os efeitos do preconceito linguístico. Para isso, a mídia deve veicular propagandas que destaquem a riqueza linguística do país, por meio da propagação nas redes sociais e na televisão, meios de comunicação em massa, com o intuito de valorizar essas distinções e, assim, promover um respeito a quem fala de forma variada. Além disso, ela deve exibir mais personagens com modos de falar distintos, sem conotação pejorativa, para a sociedade conseguir naturalizar tais dissemelhanças. Dessa forma, propostas semelhantes à de Policarpo não serão tão atacadas como no livro.
Lívia,Pelizzari,Côco
1o- Sua intro está brilhante, sua comparação com a obra ficou muito legal, porém você cometeu alguns erros quanto à utilização da vírgula, toma cuidado e estudo elas pq elas fazem a diferença caso sua redação empate c alguem.
2o- Você utilizou um repertorio socio-cultural excelente ao citar karl. É nítida a sua compreensão diante do tema, o argumento se torna consistente, claro e coeso.
3o- A alusão a teoria de darwin foi mt bem utilizada e o uso de conectores fez com que enriquecesse seu argumento.
4o- Sua proposta de intervenção está bem elaborada contando com agentes e como solucionar o problema.
Parabéns!!
Nota: 970.
Deyse33
Oiiie, vou tentar corrigir sua redação.
Na C1, você foi muito bem. Porém, vir alguns erros de vírgulas. Tente tomar cuidado com elas no texto.
Você compreendeu e argumentou nós desenvolvimentos muito bem!
Sua estrutura também está excelente. Com um bom uso dos conectivos durante o texto.
Sua intervenção está completa e bem elaborada
Eu daria uma nota de 960 a 980
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C1- Estrutura sintática muito boa. Identifiquei erros de desvios somente com a pontuação (vírgulas). (180)
C2- Compreendeu tranquilamente o tema, respeitando o gênero dissertativo-argumentativo e fez uso de repertórios socioculturais. (200)
C3- Seus argumentos ficaram consistentes e organizados, passando claramente ao corretor seu ponto de vista. (200)
C4- Fez bom uso dos conectivos respeitando a “regrinha” deles. Fazendo uso correto dos conectivos, automaticamente tua coesão textual foi alcançada com êxito. (200)
C5- A proposta de intervenção ficou muito boa, contendo os 5 elementos. (200)
Nota final: 980
Parabéns!!