O preconceito contra os índios brasileiros

            Na animação infantil “Pocahontas”, da Disney, é possível observar os preconceitos vividos pela comunidade indígena. Pocahontas, uma nativa americana, é levada à Europa por um colono branco que havia se apaixonado por ela. Chegando à Inglaterra, ela vivencia repetidamente situações de preconceito contra a sua etnia. Assim como na animação, no Brasil, os índios brasileiros convivem diariamente com o preconceito, graças ao predomínio do homem branco historicamente acima de outros povos, que resulta na exclusão dos nativos.

            Primeiramente, é necessário entender que o preconceito contra indígenas ocorre, principalmente, por conta do predomínio do homem branco historicamente. De acordo com o IBGE, em 2010, cerca de 890 mil pessoas consideravam-se indígenas – 0,46% do total da população brasileira. Entretanto, apesar do número grande de nativos, na novela “Novo Mundo”, da rede Globo, Chay Suede interpretou um índio “naturalizado”, não sendo essa a sua etnia. Enquanto isso, diversos indígenas foram reduzidos apenas a figurantes. Isso é um reflexo do predomínio da raça branca ao longo dos anos, que perdura até os tempos atuais, impedindo que os nativos entrem em ascensão na sociedade.

            Ademais, a colocação dos povos nativos abaixo do “cara pálida” faz com que gere uma corrente de exclusão e, consequentemente, preconceito. Segundo o “site” Agência Brasil, apesar dos índios buscarem uma vida melhor na cidade, a maioria encontra dificuldades de conseguir emprego, o que resulta na situação de pobreza e marginalização desses povos. Tese defendida por Karl Marx, que acreditava que a aprovação social ocorria, principalmente, com base na quantidade de capital. Por conta disso, grande parte recorre ao trabalho informal, especialmente ao artesanato – pois, de acordo com Montesquieu, o homem se adapta ao meio, e é exatamente isso o que ocorre com essas pessoas.

            Portanto, é evidente que o Estado necessita intervir para evitar situações de preconceito contra esses povos. O Poder Legislativo precisa enrijecer as leis já existentes contra o preconceito étnico, através de alterações que se adéquem especificamente aos indígenas, com a finalidade de amenizar situações de injustiça racial, especialmente no mercado de trabalho, para evitar a pobreza e marginalização dessas pessoas. Também cabe ao MEC educar as crianças acerca do assunto, por meio da inserção de cartilhas sobre respeito aos povos nativos, além de frisar mais suas histórias, de modo a diminuir futuramente casos de discriminação. Pode-se, assim, evitar que eventos como o de Pocahontas se repitam, além de permitir, finalmente, que os índios ascendam na sociedade brasileira.