O PORTE DE ARMAS NO BRASIL

Promulgada em 1988, a Constituição Federal brasileira garante o direito à segurança e ao bem-estar a todos os indivíduos. A liberação do porte de armas no Brasil, entretanto, pode representar uma verdadeira ameaça para tal garantia de direitos. Nesse contexto, convém analisarmos o descontrole emocional e o aumento da desigualdade social como principais motivadores que impedem a implantação do porte de armas no Brasil.

Primeiramente, é válido ressaltar o perigo que o descontrole emocional por parte de alguns pode representar à sociedade brasileira. Segundo o jornalista científico, Daniel Goleman, o cérebro emocional responde a um evento mais rapidamente que o cérebro pensante. Isso nos mostra que muitas pessoas poderiam se descontrolar durante qualquer discussão e tirar a vida do próximo por motivos banais, aumentando assim, o número de homicídios no país em progressão geométrica.

Outrossim, a desigualdade social formada é outro fator que evidencia que o porte de armas em nossa nação, não seria uma boa solução. Ao analisarmos o IDH (Índice de desenvolvimento humano) do Brasil, percebemos que nosso país é formado, em sua maioria, por pessoas que recebem menos de dois salários mínimos. Isso nos permite entender que muitos não conseguiriam ter dinheiro para de fato comprar a arma, e o porte de alguns em detrimento de outros, promove uma seleção de pessoas que podem ter acesso a tal “segurança imaginária”, isso aumentaria a desigualdade social, em um ritmo muito grande.

O governo, em parceria com o Ministério da Segurança, devem, portanto, investir no aprimoramento da segurança pública, cedendo verbas para o aumento de salário dos agentes responsáveis por tal direito, para que assim o porte de armas não tenha que ser uma possível “solução falha”. Desse modo teremos proteção, assim como prevê a Constituição.