No documentário “III Reich: o show não pode parar”, da Netflix, é retratado o fenômeno propagandístico e publicitário atuante na Alemanha nazista. Ao longo de entrevistas e análises documentais, a investigação revela o caráter censor e manipulador das mídias existentes no período, fundamentadas na ideologia oficial. Fora das telas, fica claro que a realidade apresentada no filme pode ser relacionada àquela do contexto brasileiro contemporâneo: a mídia, cujo papel é o de informar e conscientizar as massas, enfrenta desafios no que tange a censura deliberada e a divulgação de informações faciosas.
Em primeiro lugar, é importante destacar que a limitação à liberdade de expressão e o ataque direcionado a certas ideias constituem-se em um entrave para a problemática exposta. Segundo o filósofo René Molianet, em seu livro “O homem diante do Estado”, um dos princípios fundamentais de um regime totalitário e anti-democrático é a opressão sobre os meios de comunicação, desde os mais independentes até a grande imprensa. Nessa perspectiva, nota-se que as atuais tentativas de contenção da divulgação de fatos importantes para a opinião pública ou o cerceamento do direito à transparência governamental, como é o caso da violência contra jornalistas pelo presidente hodierno, mostram a veracidade de tal pensamento.
Outrossim, é indubitável que a circulação das chamadas fake news nos diversos meios de propagação existentes, na nação tupiniquim, desfavorece o cumprimento da função social dos mesmos. Nas palavras do jornalista judeu Yuri Abramovitz, refugiado nos EUA, “A propaganda é a essência e a morte da mídia”. Paralelamente, percebe-se que, da mesma forma que o incentivo ao consumo desenfreado dos bens produzidos no capitalismo é a base financeira da grande mídia nacional, a publicação de notícias falsas na internet por outros grupos pode levar à destruição de tais instituições.
Portanto, é mister que sejam tomadas providências para amenizar o quadro atual. Para combater a censura nos mais variados âmbitos do tecido social verde-amarelo, urge que a sociedade civil organizada crie, por meio de alunos e professores de diversas escolas e universidades, manifestações pacíficas e ordeiras que exijam o respeito à liberdade de expressão por parte dos mais altos escalões do governo. Não só, o Ministério da Justiça e da Segurança Pública deve implementar, mediante parcerias estaduais e municipais, forças-tarefas que investiguem organizações ocultas, a fito de diminuir a veiculação de fake news. Somente assim, será possível evitar um quarto Reich.
Matheus Mello
Seu texto está muito bomm!
Ótima escolha lexical, argumentou muito bem, utilizando variadas fundamentações. Não há dúvidas de que ele alcança 900+
Um porém que devo citar é a conclusão de seus argumentos. Na última linha dos seus parágrafos de desenvolvimento faça um resumo de tudo o que vc quis falar. Isso ajuda o leitor entender a sua opinião e te auxilia a alcançar 200 na C3.
Espero ter te ajudado (sei que não têm muito o que ajudar, porque você já está quase no topo). Parabéns ;)