O papel do jovem nas modificações políticas da sociedade brasileira

A democracia implica em um governo que possui sua gestão sob comando popular, seja esse direto ou não. Dito isso, destaca-se a tese do filósofo John Locke, que consiste na efetivação democrática por intermédio da contribuição de todas classes e grupos sociais existentes em uma sociedade. No entanto, a legitimidade da importância juvenil nesse papel ainda é questionada e, muitas vezes, menosprezada.

Convém ressaltar, em primeiro plano, a ideologia de Émile Durkheim, que consiste na sociedade como um corpo social. Seguindo a óptica de Durkheim, a opinião jovem é tão importante quanto as outras, uma vez que também faz parte da estrutura social. Uma juventude ativa é essencial para a manutenção da democracia, visto que o grupo possui poder sob as mudanças e participa da maioria das manifestações, atuando como uma voz de grande peso e autenticidade.

Ademais, elenca-se a necessidade de inclusão juvenil em discussões de cunho político, visto que a política rege a sociedade. A falta de educação política nas instituições de ensino reflete no desestímulo em massa dos jovens no assunto e, consequentemente, em uma escolha inconsciente de seus representantes. Em uma visão contemporânea, o cenário juvenil é regido por duas vertentes: uma minoria que participa e está adepta à mudanças e uma maioria desinformada, à mercê de ideologias e em uma bolha social limitada para novos conhecimentos.

Expostos os fatos, emerge uma necessidade de mudanças no cenário político brasileiro. Para isso, o Estado deve, atrelado ao Ministério da Educação, promover uma cartilha que disponibilize um peso maior na voz jovem em debates, com a criação de levantes populares voltados para isso. Outrossim, deve-se haver um acréscimo da disciplina de educação política na grade regular de instituições públicas de ensino, mediada por órgãos governamentais. Feito isso, o grupo jovem brasileiro atuará com o seu devido papel de importância nas decisões.