o papel do isolamento social sobre o aumento dos casos de violência doméstica:

Em uma sociedade patriarcal, a violência doméstica contra mulheres é mais uma das diversas formas de preservar um sistema onde o sexo feminino é submisso e o sexo masculino exerce poder sobre este. No contexto de pandemia e isolamento social, muito especialistas afirmam que o número de casos desse tipo de violência aumentaram. Assim, mulheres em situações de violência encontram-se em lares inseguros, bem como a falta de denúncias que contribui para a permanência destas nesses locais.

      Em primeira análise, com o isolamento social, a casa, que deveria ser um lugar seguro e protegido do Covid-19, torna-se um ambiente de violência e agressões, não só físicas mas também psicológicas, morais e sexuais. Colocando mulheres em situações vulneráveis onde o risco de vida compara-se à exposição ao novo Coronavírus. Dessa forma, estas ficam suscetíveis ao perigo tanto fora de casa, por causa do vírus, quanto dentro dela, onde é violentada.

       Ademais, de acordo com secretária nacional de Políticas para as Mulheres, os números de casos notificados não chegam perto da quantidade real de casos que acontecem nesse período. Essa falta de denúncias é resultado do senso comum de que a relações privadas de um casal não seriam problemas das pessoas fora destes, por isso, muitas das testemunhas de violências doméstica optam por não fazer uma delação e não se envolver nessa situação, que acredita ser uma “questão particular”. Assim, esse silêncio responsável pela falta de denúncias, não só impossibilita a coleta de dados, como também deixa as mulheres passíveis de relacionamentos tóxicos e ambientes onde não estão em segurança.

      Levando em consideração esses aspectos, ações precisam ser tomadas para solucionar esse problema. Portanto, fica imperativo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, em parceria com grandes redes sociais – como o twitter e facebook -, incentivarem a denúncia de casos de violência doméstica por meio de campanhas publicitárias como anúncios e “hashtags” nessas redes sociais a fim de que mais notificações sejam feitas e atitudes sejam tomadas para proteger as vítimas de seus agressores. Desse modo, garantindo a segurança das mulheres brasileiras e atenuando esse problema social.