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O papel do Estado na garantia de qualidade da educação

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Na música “País do Sonho, a cantora Elza Soares declara seu desejo por vislumbrar um Brasil livre de mazelas sociais. Tal país, em sua concepção, deveria ser capaz de promover a educação para todos. Contudo, ao analisar o cenário brasileiro hodierno, percebe-se um distanciamento desse ideal, haja vista os desafios do Estado na garantia de qualidade na educação. Diante desse cenário, configuram-se, como causas, a negligência estatal e a desigualdade social.

Sob esse prisma, o descaso estatal com as estruturas de instituições de ensino público prejudica a qualidade do ensino dos professores. Acerca disso, a Constituição Federal de 1988 assegura uma série de direitos fundamentais, como o direito a um ensino de qualidade. Isso, todavia, não é observado na prática, dado que, em razão da falta de políticas públicas que obrigam a manutenção anual de escolas públicas, existe um desinteresse por parte dos docentes de continuar lecionando em um ambiente precário. Prova disso, é a escassez de colégios federais que possuem bibliotecas, laboratórios de ciências e até mesmo água potável, o que, consequentemente, atrapalha como o professor vai ministrar sua aula. Com isso, enquanto houver um descaso com o ensino público por parte do Estado, será impossível reverter o óbice.

Outrossim, denuncia-se a extrema desigualdade de oportunidades que os alunos de rede pública possuem em relação aos de rede particular. Consoante Ariano Suassuna, filósofo brasileiro, existem duas vertentes capazes de dividir o Brasil: a dos desfavorecidos e a dos privilegiados. Sob essa óptica, enquanto uma parcela da população possui a oportunidade de apenas estudar durante a infância e a adolescência, os desfavorecidos, em razão de suas ínfimas condições, necessitam trabalhar desde cedo para ajudar a família e estudar ao mesmo tempo e, muitas vezes, acabam desistindo da educação escolar para priorizar os familiares. Assim, são urgentes meios capazes de mudar a realidade.

Em suma, medidas são necessárias para acabar com a omissão do governo e a desigualdade de oportunidades. Deste modo, Governo Federal, enquanto garantidor de direitos fundamentais, deve, através de um projeto de lei, demandar fiscais anualmente para analisar as unidades escolares que precisam de reformas e acompanhar os alunos que precisam de auxílios para continuar nas escolas com o intuito de zelar pela igualdade de possuir um ensino de qualidade.

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8 Correções

  1. Olá, srta. “Gigiviana” (essa é a primeira correção neste site). A priori, direi que suponho que teu texto deva ser avaliado à moda do ENEM (a forma como escreveste me leva a isso); e assim farei.

    Assim, agora, hei de:
    – Apenas a nota geral e por competências;
    – Analisar a frase temática;
    – Dividir o texto em períodos e comentá-lo;
    – Analisar as competências;
    – Dar dicas e sugestões para aumentar a pontuação.

    NOTA
    – Geral: 920
    – C1: 160
    – C2: 200
    – C3: 160 (podia ser 120)
    – C4: 200 (podia ser 160)
    – C5: 200

    1 – ANÁLISE DA FRASE TEMÁTICA

    “O papel do Estado na garantia de qualidade da educação”

    Nessa frase temática, podemos entender que o Estado tem o papel de garantir uma educação de qualidade, porém não o faz (essa seria a problematização em relação ao tema: a falta do que diz o tema). Assim, espero que desenvolvas a redação com isso em mente.

    2 – ANÁLISE DO TEXTO

    [INTRODUÇÃO]
    1. “Na música “País do Sonho”, a cantora Elza Soares declara seu desejo por vislumbrar um Brasil livre de mazelas sociais.”

    Nesse início de texto, percebe-se a introdução de um repertório sociocultural (mas sem apresentação tão clara do tema).

    2. “Tal país, em sua concepção, deveria ser capaz de promover a educação para todos.”

    Aqui já vemos o repertório ser usado pertinentemente, uma vez que “país” remete a “Estado” e “promover a educação” remete ao papel deste Estado. Assim, temos um repertório pertinente e esperamos, agora, que seja produtivo. Todavia, o tema já foi tratado.

    3. “Contudo, ao analisar o cenário brasileiro hodierno, percebe-se um distanciamento desse ideal, haja vista os desafios do Estado na garantia de qualidade na educação.”

    Aqui o repertório torna-se produtivo e se começa a problematização. Além disso, cita-se novamente os elementos do tema apontando uma ideia de oposição (onde existem desafios).

    4. “Diante desse cenário, configuram-se como causas a negligência estatal e a desigualdade social.”

    Neste último período, temos uma tese mais clara (a de que essas causas são desafios para a efetivação de uma educação de qualidade) e a citação dos argumentos (que, sendo citados explicitamente, ajuda a identificar um projeto de texto).

    [DESENVOLVIMENTO 1]
    1. “Sob esse prisma, o descaso estatal com as estruturas de instituições de ensino público prejudica a qualidade do ensino dos professores.”

    No início do desenvolvimento, vê-se o uso de um conectivo interparagrafal (“sob esse prisma”) – se houver outro, o texto estará bem adequado à Competência 4 –; a retomada do primeiro argumento, porém melhor desenvolvido (dando mais clareza ao que seria essa negigência do Estado).

    2. “Acerca disso, a Constituição Federal de 1988 assegura uma série de direitos fundamentais, como o direito a um ensino de qualidade.”

    Aqui se cita outro repertório, agora do campo jurídico, asseverando que a educação é um direito.

    3. “Isso, todavia, não é observado na prática, dado que, em razão da falta de políticas públicas que obrigam a manutenção anual de escolas públicas, existe um desinteresse por parte dos docentes de continuar lecionando em um ambiente precário.”

    Retoma-se o repertório jurídico (“isso”), cria-se um contraste de teoria-realidade (“todavia”) e se pontua o não cumprimento dessa norma. Em seguida, explica-se o porquê disso (“falta de políticas públicas”). O período finaliza apontando que, devido a essa má infraestrutura decorrente da falta de políticas públicas, leva ao desinteresse dos docentes.

    4. “Prova disso é a escassez de colégios federais que possuem bibliotecas, laboratórios de ciências e até mesmo água potável, o que, consequentemente, atrapalha como o professor vai ministrar sua aula.”

    Aqui se tenta provar o problema citado antes, apontando para como essa falta de infraestrutura é verificada nas escolas, junto a uma reiteração de que isso afeta o trabalho dos professores.

    5. “Com isso, enquanto houver um descaso com o ensino público por parte do Estado, será impossível reverter o óbice.”

    Finaliza-se citando o Estado (o que é favorável diante do tema) e indicando que ele deve agir para mudar essa situação.

    [DESENVOLVIMENTO 2]

    1. “Outrossim, denuncia-se a extrema desigualdade de oportunidades que os alunos da rede pública possuem em relação aos da rede particular.”

    Começa-se o D2 com outro conectivo interparagrafal (muito bom, uma vez que garante dois na redação e, portanto, uma possível nota máxima na C4). Depois é retomado o segundo argumento (com mais especificação deste que na introdução).

    2. “Consoante Ariano Suassuna, filósofo brasileiro, existem duas vertentes capazes de dividir o Brasil: a dos desfavorecidos e a dos privilegiados.”

    Cita-se um repertório filosófico (classifico-o assim consoante à sua escolha de chamá-lo filósofo).

    3. “Sob essa óptica, enquanto uma parcela da população possui a oportunidade de apenas estudar durante a infância e a adolescência, os desfavorecidos, em razão de suas ínfimas condições, necessitam trabalhar desde cedo para ajudar a família e estudar ao mesmo tempo e, muitas vezes, acabam desistindo da educação escolar para priorizar os familiares.”

    Nesse período (que é bem longo, inclusive; mas nada que seja realmente ruim, vejo), introduz-se com um conectivo que retoma o anterior e, assim, visa tornar o repertório produtivo e desenvolver o argumento; a forma como isso é feito é interessante: divide-se em dois grupos (igual faz o Suassuna), mas com um prisma bem relacionado ao tema. A conclusão desse argumento é a de que esse grupo acaba desistindo da educação.

    4. “Assim, são urgentes meios capazes de mudar a realidade.”

    Por fim, faz-se uma declaração de que é importante alterar esse quadro.

    [CONCLUSÃO]
    1. “Em suma, medidas são necessárias para acabar com a omissão do governo e a desigualdade de oportunidades.”

    Faz-se uso de um terceiro conectivo interparagrafal, o qual é usado para concluir. Depois se referencia a necessidade de medidas e retoma os argumentos. Espera-se que, frente ao tema, se retome o Estado (porque o tema é relacionado a ele).

    2. “Deste modo, o Governo Federal, enquanto garantidor de direitos fundamentais, deve, através de um projeto de lei, demandar fiscais anualmente para analisar as unidades escolares que precisam de reformas e acompanhar os alunos que precisam de auxílios para continuar nas escolas com o intuito de zelar pela igualdade de possuir um ensino de qualidade.”

    Inicia-se com o conectivo “Deste modo” e, depois, aponta-se o agente (“Governo Federal”; mesmo que Estado, assim condizente ao tema), o detalhamento (“enquanto garantidor de direitos fundamentais”), a ação (marcada pelo “deve”, que, depois do aposto explicativo, é colocada como: “demandar fiscais anualmente para analisar as unidades escolares que precisam de reformas e acompanhar os alunos que precisam de auxílios para continuar nas escolas), o meio (marcado pelo “através”, que seria: “um projeto de lei”), a finalidade (marcada pelo “com o intuito de”, que é: “zelar pela igualdade de possuir um ensino de qualidade”).

    3 – AVALIAÇÃO COMPETENCIAL

    Competência 1 -> 160
    – Proposta: “Demonstrar domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa”
    – Exigências:
    Nível 4 – Estrutura sintática boa E poucos desvios
    Nível 5 – Estrutura sintática excelente (no máximo, uma falha) E, no máximo, dois desvios

    Bom, seu texto infelizmente não tem complexidade sintática; assim, não pode ser avaliado com 200 pontos. Assim, resta avaliar com 160 pontos.

    Os desvios que achei são:
    – Trecho: “Prova disso é a escassez de colégios federais que possuem bibliotecas, laboratórios de ciências e até mesmo água potável, o que, consequentemente, atrapalha como o professor vai ministrar sua aula.”
    – Justificativa: A expressão “atrapalha como o professor vai ministrar sua aula” soa informal e poderia ser substituída por uma formulação mais adequada ao registro formal, como “dificulta a atuação do professor em sala de aula” ou “prejudica o desempenho do professor”.

    Outro desvio é a falta de fechamento de aspas em “País do Sonho”. Contudo, mesmo sem isto, continuaria em 160.

    Veja, só há um (e possível ainda, isso depende um pouco do corretor, porque a expressão não é indubitavelmente coloquial). Mas, mesmo assim, sem complexidade sintática a avaliação de 160 permanece. No final da minha análise, na seção de “dicas”, porei como poderias tê-la colocado.

    Competência 2 -> 200
    – Proposta: Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo em prosa
    – Exigências (nível 5, somente — pus do 4 e 5 na anterior para justificar minha escolha): “Abordagem completa do tema E 3 partes do texto (nenhuma delas embrionária) E Repertório legitimado E pertinente ao tema, COM uso produtivo”

    Ao meu ver, aqui é um 200. Seu texto tem mais de 5 repertórios completos (mas só um já seria o suficiente), aborda completamente o tema e é, claramente, dissertativo-argumentativo e sem partes embrionárias.

    Competência 3:
    – Proposta: “Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista”
    – Exigências:
    Nível 3 – Projeto de texto com algumas falhas E Desenvolvimento de algumas informações, fatos e opiniões
    Nível 4 – Projeto de texto com poucas falhas E Desenvolvimento da maior parte das informações, fatos e opiniões
    Nível 5 – “Projeto de texto estratégico E Desenvolvimento das informações, fatos e opiniões em todo o texto” (Aqui se admitem deslizes pontuais, sejam de projeto e/ou de desenvolvimento)

    Sinceramente, não senti que há um projeto de texto estratégico aqui. Notei algumas falhas, sim. A introdução até cita os argumentos, e eles são desenvolvidos ao longo do texto, mas falta um “algo a mais”. É um projeto de texto, inegavelmente, mas não um projeto muito estratégico.

    Quanto às informações, elas até que são desenvolvidas, mas perceba que no Desenvolvimento 1 (D1), a conexão entre a falta de infraestrutura e o desinteresse dos professores é explorada de forma meio superficial. Você diz que “interfere no interesse” e “atrapalha a ministração da aula”, mas não relaciona essas ideias direito! Eu consigo entender a sua lógica, claro, mas essa relação não está escrita com clareza no texto.

    A boa notícia é que avaliei que o Desenvolvimento 2 (D2) está melhor argumentado!

    Por conta dessa questão argumentativa e desse projeto de texto não tão estratégico (com falhas, entende?), acho que o nível 4 (160 pontos) é o mais justo. Se o D1 fosse mais forte, aí sim poderíamos pensar em um nível 5, mas não é o caso.

    Competência 4 -> 200
    – Proposta: Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação
    – Exigências (nível 5): “Presença expressiva de elementos coesivos inter e intraparágrafos E raras ou ausentes repetições E sem inadequação”

    Há, claramente, o atendimento aos elementos coesivos inter (“sob esse prisma”, “Outrossim”, “Em suma”) e intraparágrafos (são vários, então não citarei). Não vi inadequação. E nas repetições, vou as listar:
    * Contudo: Usado uma vez.
    * Haja vista: Usado uma vez.
    * Diante desse cenário: Usado uma vez.
    * Sob esse prisma: Usado uma vez.
    * Acerca disso: Usado uma vez.
    * Todavia: Usado uma vez.
    * Dado que: Usado uma vez.
    * Em razão da: Usado uma vez.
    * Prova disso: Usado uma vez.
    * O que: Usado uma vez.
    * Consequentemente: Usado uma vez.
    * Com isso: Usado uma vez.
    * Enquanto: Usado duas vezes (uma iniciando uma oração temporal e outra iniciando uma oração comparativa).
    * Ser… capaz de: Usado uma vez.
    * Outrossim: Usado uma vez.
    * Consoante: Usado uma vez.
    * Sob essa óptica: Usado uma vez.
    * Assim: Usado uma vez.
    * Em suma: Usado uma vez.
    * Deste modo: Usado uma vez.
    * Com o intuito de: Usado uma vez.
    * Que: Usado diversas vezes como pronome relativo e conjunção integrante. É difícil quantificar com exatidão sem analisar cada ocorrência individualmente, mas o uso é frequente.
    * E: Usado diversas vezes como conjunção coordenativa aditiva. A repetição é frequente, embora seja um conectivo básico e essencial.
    * De + Substantivo: O uso da preposição “de” ligada a um substantivo para formar complementos nominais e adjuntos adnominais é muito frequente ao longo do texto. Exemplos: “de mazelas sociais”, “do sonho”, “de qualidade”, “de políticas públicas”, “de colégios federais”, “de oportunidades”, “de lei”, “de reformas”, “de auxílios”, “de possuir”. Essa é a repetição mais marcante no texto.

    Repetições Significativas:
    – Enquanto: Usado duas vezes, mas com funções diferentes, então não é uma repetição problemática.
    – A preposição “de”: A preposição “de” é essencial para a estrutura da língua portuguesa e seu uso frequente é inevitável. No entanto, em alguns casos, a repetição excessiva de “de + substantivo” pode tornar o texto um pouco monótono.

    Não julgo que as repetições sejam ruins, mas, ainda assim, acho que poderia ter havido mais diversidade. Nas dicas irei desenvolver melhor isso.

    Competência 5 -> 200
    – Proposta: “Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos”
    – Exigência (nível 5): “5 elementos válidos”

    Há todos os 5 elementos, e, para mim, está adequado aos problema apresentados no texto:

    – Agente: Governo Federal
    – Ação: demandar fiscais anualmente para analisar as unidades escolares que precisam de reformas e acompanhar os alunos que precisam de auxílios para continuar nas escolas.
    – Meio: através de um projeto de lei
    – Finalidade: com o intuito de zelar pela igualdade de possuir um ensino de qualidade.
    – Detalhamento (do agente): enquanto garantidor de direitos fundamentais

    4 – DICAS
    Gostaria de, considerando as menores notas,
    – Explicar o que seria a complexidade sintática;
    – Como garantir um projeto de texto estratégico.

    4.1. COMPLEXIDADE SINTÁTICA
    A complexidade sintática se refere ao grau de elaboração e variedade das estruturas gramaticais utilizadas em um texto. Um texto com alta complexidade sintática apresenta períodos bem construídos, com orações coordenadas, subordinadas e intercaladas, além de inversões sintáticas e outros recursos que demonstram domínio da língua e contribuem para a fluidez e a riqueza da expressão.

    Elementos que contribuem para a Complexidade Sintática:
    – Orações Subordinadas: utilização de orações subordinadas substantivas, adjetivas e adverbiais para enriquecer a informação e estabelecer relações lógicas entre as ideias.
    – Orações Coordenadas: emprego de orações coordenadas sindéticas (ligadas por conjunções) e assindéticas (sem conjunção) para adicionar informações e construir o raciocínio.
    – Orações intercaladas: inserção de orações ou expressões intercaladas no meio de um período para adicionar informações, comentários ou explicações.
    – Inversões sintáticas: ateração da ordem direta dos termos na oração (sujeito-verbo-complemento) para enfatizar determinados elementos ou criar efeitos de estilo.
    – Vocabulário variado: uso de sinônimos, pronomes relativos e outros recursos para evitar repetições e tornar a leitura mais agradável.
    – Pontuação adequada: utilização correta da vírgula, do ponto e vírgula, dos dois pontos e de outros sinais de pontuação para organizar as ideias e garantir a clareza do texto.
    – Períodos longos e bem estruturados: Construção de períodos longos e complexos, mas que mantenham a clareza e a fluidez da leitura.

    No seu texto usar um travessão poderia já ajudar bastante e praticamente garantir isso.
    – Veja: “O Governo Federal, enquanto garantidor de direitos fundamentais, deve – por meio da apresentação de um projeto de lei cuidadosamente elaborado – demandar anualmente a atuação de fiscais…”

    4.2. PROJETO DE TEXTO ESTRATÉGICO
    Um projeto de texto estratégico é um planejamento detalhado da redação que demonstra uma clara intenção de persuadir o leitor, utilizando os recursos argumentativos de forma organizada, consistente e com um objetivo bem definido em cada parte do texto. Vai além da simples organização de ideias, buscando um impacto máximo na defesa da tese.

    Aqui, indico que:
    – Retome o repertório da introdução na conclusão durante a frase de fechamento;
    – Deixe a tese pouco mais clara (“Diante desse cenário, configuram-se, como causas, a negligência estatal e a desigualdade social.” -> “Diante desse cenário, a negligência estatal e a desigualdade social são as principais causas desse problema”);

    Se possível, antecipe algum dos repertórios dos desenvolvimentos ainda na introdução (o façamo com o do Ariano, mas para isso vou alterar um pouco mais*)

    *ORIGINAL: “Contudo, ao analisar o cenário brasileiro hodierno, percebe-se um distanciamento desse ideal, haja vista os desafios do Estado na garantia de qualidade na educação. Diante desse cenário, configuram-se, como causas, a negligência estatal e a desigualdade social.”
    MEU: “Contudo, ao analisar o cenário brasileiro hodierno, percebe-se um distanciamento dessa visão, haja vista que a negligência estatal e a desigualdade social representam obstáculos à garantia de uma educação de qualidade. Diante disso, é preciso agir para que o Estado promova a equiparação de oportunidades e destitua o país dessa divisão entre privilegiados e desfavorecidos.”

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  2. Redação bem feita,porém seria bom passar para o papel para ter certeza que não ultrapassou as 30 linhas permitidas. Proposta de intervenção bem explicada de como irá funcionar,um texto coerente que não foge do tema,bons argumentos e repertórios interessantes. Escrita clara do que é proposto e direta,trazendo condimentos para argumentar. Porém,vale ressaltar que o problema do estado em trazer essas condições para as instituições escolares está ligada na infraestrutura que vai além de criar “leis”,pois uma fiscalização funcionaria como? Através da escola? De pessoas enviadas pelo governo? São um pouco rasas com tudo que vemos que não funciona em nosso país,porém,não se pode ignorar que isso seria uma grande intervenção se feita de forma correta e legal

    • 1
  3. Prezado Nicolas segue abaixo a correção

    Aqui está a análise da redação com base nos critérios do ENEM:

    Competência 1 – Demonstrar domínio da norma culta da língua escrita:
    Pontuação: 180/200
    Sua redação apresenta um bom domínio da norma culta, com poucas falhas gramaticais. Há um bom uso de pontuação, e a maioria das frases está bem estruturada. Porém, poderia haver uma maior clareza em algumas passagens para evitar ambiguidade. Por exemplo, a frase “isso, todavia, não é observado na prática, dado que” poderia ser mais direta, como “isso, no entanto, não é observado na prática, pois”. A utilização de “haja vista” também pode ser considerada mais rebuscada, o que pode prejudicar a fluidez.

    Competência 2 – Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos de diversas áreas de conhecimento para o desenvolvimento do tema:
    Pontuação: 200/200
    Você demonstrou um excelente entendimento da proposta de redação, que trata da garantia de qualidade na educação. A abordagem do tema foi feita de forma eficaz, conectando diferentes áreas de conhecimento, como a Constituição Federal, desigualdade social, e a visão de filósofos como Ariano Suassuna. Você aplicou esses conceitos de maneira coerente para fortalecer seus argumentos.

    Competência 3 – Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos:
    Pontuação: 180/200
    A proposta de intervenção está bem desenvolvida e respeita os direitos humanos, sugerindo uma ação governamental para combater a desigualdade educacional. A proposta de designar fiscais anuais para analisar as escolas e dar suporte a alunos necessitados é prática e focada na resolução do problema. No entanto, poderia ser mais detalhada, especificando como a implementação dessas ações seria feita e quais seriam as possíveis fontes de financiamento. Por exemplo, mencionar parcerias com ONGs ou empresas para ajudar na estruturação das escolas poderia enriquecer a proposta.

    Competência 4 – Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação:
    Pontuação: 190/200
    Você utilizou bem os mecanismos de coesão textual, como pronomes, conjunções e advérbios para conectar as ideias de forma fluida. A argumentação é clara e a relação entre as ideias é bem estabelecida. Contudo, algumas expressões, como “haja vista” e “outrossim”, podem soar um pouco formais ou pesadas, o que pode prejudicar a fluidez do texto. Uma linguagem mais direta e objetiva pode ser mais eficaz nesse caso.

    Competência 5 – Elaborar uma redação dissertativa-argumentativa com fundamentação crítica e reflexiva:
    Pontuação: 190/200
    Sua redação é bem fundamentada, refletindo uma crítica construtiva sobre os problemas do sistema educacional brasileiro. A reflexão sobre a desigualdade de oportunidades e as falhas do Estado são bem apresentadas. No entanto, você poderia aprofundar a análise de como a falta de políticas públicas impacta diretamente o futuro dos alunos e a sociedade de maneira mais geral. A parte de “desigualdade social” poderia ser melhor explorada, com mais exemplos de como isso reflete na vida cotidiana dos alunos.

    Pontuação Final: 940/1000
    Observações Finais: A redação é muito boa e aborda o tema de forma relevante, com boa argumentação e uma proposta de intervenção que demonstra reflexão sobre o problema. No entanto, há pequenos detalhes a serem ajustados para aumentar a clareza e a fluidez do texto, como o uso de linguagem mais direta e a melhoria na descrição da proposta de intervenção. Com esses ajustes, você poderia alcançar uma pontuação mais alta, chegando perto do 1000.

    • 0
  4. Na música “País do Sonho”, a cantora Elza Soares expressa seu desejo de ver um Brasil livre das mazelas sociais. Para ela, esse país ideal seria aquele capaz de garantir educação para todos. No entanto, ao observar o cenário brasileiro atual, percebe-se um grande distanciamento desse ideal, devido aos desafios enfrentados pelo Estado na garantia da qualidade da educação. Nesse contexto, destacam-se como causas principais a negligência estatal e a desigualdade social.

    Sob essa ótica, o descaso do Estado com as estruturas das instituições de ensino público compromete a qualidade do trabalho dos professores. A Constituição Federal de 1988 assegura uma série de direitos fundamentais, incluindo o direito a um ensino de qualidade. Contudo, na prática, essa garantia não é efetivada, uma vez que a falta de políticas públicas que assegurem a manutenção anual das escolas públicas reflete no desinteresse de muitos docentes em lecionar em condições precárias. A escassez de colégios federais com bibliotecas, laboratórios de ciências e até mesmo água potável, por exemplo, prejudica diretamente a forma como as aulas são ministradas. Diante disso, enquanto houver esse descaso com o ensino público por parte do Estado, será impossível superar esses obstáculos.

    Além disso, a desigualdade de oportunidades entre alunos da rede pública e da rede particular é alarmante. Como afirma o filósofo Ariano Suassuna, o Brasil se divide entre os desfavorecidos e os privilegiados. Nesse contexto, enquanto uma parcela da população tem a oportunidade de estudar durante a infância e adolescência, muitos estudantes da rede pública, devido às condições precárias de suas famílias, precisam trabalhar desde cedo para ajudar em casa e, muitas vezes, abandonam os estudos para priorizar a subsistência familiar. Essa realidade exige, com urgência, ações efetivas para mudar esse quadro.

    Em suma, são necessárias medidas para combater a omissão do governo e a desigualdade de oportunidades. O Governo Federal, como garantidor de direitos fundamentais, deve, por meio de um projeto de lei, designar fiscais anualmente para avaliar as unidades escolares que precisam de reformas e acompanhar os alunos que necessitam de auxílios para continuar estudando, com o objetivo de assegurar a igualdade no acesso a um ensino de qualidade.

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  5. O papel do Estado na garantia da qualidade da educação

    Na música “País do Sonho”, a cantora Elza Soares declara seu desejo de vislumbrar um Brasil livre das mazelas sociais. Tal país, em sua concepção, deveria ser capaz de promover a educação para todos. Contudo, ao analisar o cenário brasileiro atual, percebe-se um distanciamento desse ideal, haja vista os desafios enfrentados pelo Estado na garantia da qualidade da educação. Diante desse cenário, configuram-se, como causas, a negligência estatal e a desigualdade social.

    Sob esse prisma, o descaso estatal com as estruturas das instituições de ensino público prejudica a qualidade do trabalho dos professores. A Constituição Federal de 1988 assegura uma série de direitos fundamentais, como o direito a um ensino de qualidade. Isso, todavia, não é observado na prática, visto que, em razão da falta de políticas públicas que garantam a manutenção anual das escolas públicas, existe um desinteresse por parte dos docentes em continuar lecionando em ambientes precários. Prova disso é a escassez de colégios federais que possuem bibliotecas, laboratórios de ciências e até mesmo água potável, o que, consequentemente, interfere na forma como o professor ministra sua aula. Com isso, enquanto houver descaso com o ensino público por parte do Estado, será impossível reverter esse obstáculo.

    Outrossim, denuncia-se a extrema desigualdade de oportunidades que os alunos da rede pública possuem em relação aos da rede particular. Consoante Ariano Suassuna, filósofo brasileiro, existem duas vertentes capazes de dividir o Brasil: a dos desfavorecidos e a dos privilegiados. Sob essa ótica, enquanto uma parcela da população possui a oportunidade de apenas estudar durante a infância e a adolescência, os desfavorecidos, em razão de suas condições precárias, necessitam trabalhar desde cedo para ajudar a família e estudar ao mesmo tempo. Muitas vezes, acabam desistindo da educação escolar para priorizar os familiares. Assim, são urgentes meios capazes de mudar essa realidade.

    Em suma, medidas são necessárias para acabar com a omissão do governo e a desigualdade de oportunidades. Desse modo, o Governo Federal, enquanto garantidor de direitos fundamentais, deve, por meio de um projeto de lei, designar fiscais anualmente para analisar as unidades escolares que precisam de reformas e acompanhar os alunos que necessitam de auxílio para continuar nas escolas, com o intuito de zelar pela igualdade no acesso a um ensino de qualidade.

    As correções que fiz foram em termos de pontuação, clareza e coesão textual, além de corrigir alguns pequenos erros gramaticais. Agora, o texto está mais fluido e claro! Se precisar de mais alguma ajuda, estou à disposição.

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  6. Esse texto aborda de forma muito pertinente o papel do Estado na garantia da qualidade da educação no Brasil. Ele discute não apenas a negligência nas políticas públicas voltadas para a infraestrutura das escolas públicas, mas também a desigualdade de oportunidades que afeta alunos de diferentes camadas sociais. O trecho menciona a música “País do Sonho”, de Elza Soares, como um ponto de partida para refletir sobre as aspirações de uma sociedade mais justa e igualitária, onde a educação seria um direito de todos, sem distinção.

    O texto pontua com precisão que, apesar da Constituição de 1988 garantir o direito a uma educação de qualidade, a falta de investimentos e políticas públicas concretas resulta em escolas sem estrutura adequada. Isso impacta diretamente no trabalho dos professores e na qualidade do ensino, criando um ciclo de desinteresse e desistência, o que só agrava o problema.

    Além disso, a crítica à desigualdade de oportunidades entre alunos da rede pública e privada reflete um problema sistêmico e estrutural que ainda persiste no Brasil. A dificuldade enfrentada por alunos em situação de vulnerabilidade, que precisam trabalhar para ajudar a família, é um reflexo claro da desigualdade social que atravessa o sistema educacional.

    O texto propõe, de forma assertiva, a criação de um projeto de lei que garanta a fiscalização e a manutenção das escolas públicas, bem como a assistência a alunos que necessitam de apoio para continuar seus estudos. Isso reforça a ideia de que a responsabilidade do Estado vai além da criação de leis, envolvendo também a implementação efetiva e a fiscalização constante dessas leis, para garantir um ambiente de aprendizagem adequado e igualitário para todos.

    Seria interessante, também, mencionar mais sobre como a sociedade civil pode se envolver nesse processo, seja por meio de organizações não governamentais, movimentos sociais ou outras formas de participação popular, para fortalecer a cobrança sobre o poder público.

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  7. O papel do Estado na garantia de qualidade da educação
    Na música “País do Sonho”, a cantora Elza Soares declara seu desejo de vislumbrar um Brasil livre de mazelas sociais. Tal país, em sua concepção, deveria ser capaz de promover a educação para todos. Contudo, ao analisar o cenário brasileiro hodierno, percebe-se um distanciamento desse ideal, haja vista os desafios do Estado na garantia de qualidade na educação. Diante desse cenário, configuram-se, como causas, a negligência estatal e a desigualdade social.

    Sob esse prisma, o descaso estatal com as estruturas de instituições de ensino público prejudica a qualidade do trabalho dos professores. Acerca disso, a Constituição Federal de 1988 assegura uma série de direitos fundamentais, como o direito a um ensino de qualidade. Isso, todavia, não é observado na prática, dado que, em razão da falta de políticas públicas que garantam a manutenção anual de escolas públicas, existe um desinteresse por parte dos docentes em continuar lecionando em um ambiente precário. Prova disso é a escassez de colégios federais que possuem bibliotecas, laboratórios de ciências e até mesmo água potável, o que, consequentemente, interfere na forma como o professor vai ministrar sua aula. Com isso, enquanto houver um descaso com o ensino público por parte do Estado, será impossível reverter esse óbice.

    Outrossim, denuncia-se a extrema desigualdade de oportunidades que os alunos da rede pública possuem em relação aos da rede particular. Consoante Ariano Suassuna, filósofo brasileiro, existem duas vertentes capazes de dividir o Brasil: a dos desfavorecidos e a dos privilegiados. Sob essa óptica, enquanto uma parcela da população possui a oportunidade de apenas estudar durante a infância e a adolescência, os desfavorecidos, em razão de suas ínfimas condições, necessitam trabalhar desde cedo para ajudar a família e estudar ao mesmo tempo. Muitas vezes, acabam desistindo da educação escolar para priorizar os familiares. Assim, são urgentes meios capazes de mudar essa realidade.

    Em suma, medidas são necessárias para acabar com a omissão do governo e a desigualdade de oportunidades. Desse modo, o Governo Federal, enquanto garantidor de direitos fundamentais, deve, por meio de um projeto de lei, designar fiscais anualmente para analisar as unidades escolares que precisam de reformas e acompanhar os alunos que necessitam de auxílios para continuar nas escolas, com o intuito de zelar pela igualdade no acesso a um ensino de qualidade.

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