O papel do esporte no combate ao preconceito

  Historicamente falando, não é difícil perceber as heranças preconceituosas que o Brasil possui. Um país onde a escravidão foi abolida há apenas 132 anos, com certeza deve ter uma população com estigmas e discriminações enraizadas. É aí que entra o esporte, uma atividade individual ou coletiva, que pode transformar e romper barreiras de preconceito.

    Não é preciso retroceder muito na história para ver os tipos de preconceito existentes em nossa nação, durante boa parte do século XX, as mulheres não tinham direito a votar, os negros sofriam diretamente com o impacto da escravidão e qualquer pessoa que fosse minimamente diferentes estava a mercê da discriminação. Isso se refletia no esporte, onde clubes não aceitavam pessoas negras em seus times e ainda não haviam categorias para mulheres.

    De acordo com o professor e pedagogo Paulo Freire, a educação é uma ferramenta para a transformação do mundo, e como os esportes possuem um papel pedagógico e educacional, pode-se inferir que eles podem ser um meio de transformação. As atividades esportivas, que promovem a união e o desenvolvimento individual ou coletivo, serviram como um meio de integrar as pessoas  e de mostrar a capacidade de certos grupos até então discriminados. O fato de serem também uma atividade lúdica, levaram a criação de laços e de rompimento de alguns preconceitos.  

   Levando em conta o que foi apresentado, pode-se inferir que os esportes possuem um papel transformador, e que cabe ao Ministério do Esportes promover e difundi-lo dentro de escolas, universidades e comunidades. No intuito de estreitar as relações entre as pessoas e assim diminuir o preconceito.