O papel da sociedade na ressocialização das pessoas privadas de liberdade

A Constituição de 1988 assegura que pessoas privadas de liberdade possuem todos os direitos que um cidadão. Entretanto, na prática, isso não ocorre, visto que é perceptível que a sociedade dificulta esse processo, inclusive a ressocialização. Isso é agravado quando se observa o preconceito e a falta de representatividade dos carcerários.

Sob essa ótica, é mister destacar que a discriminação dificulta a ressocialização das pessoas privadas de liberdade. Segundo o pensador Byung Chul-Han, a contemporaneidade é marcada pelo individualismo que se sobrepõe ao altruísmo. Prova disso é a pouca visibilidade dos carcerários no mercado de trabalho em razão do preconceito da sociedade, consequentemente, esse panorama sem oportunidades impossibilita a construção de uma vida longe do crime. De acordo com o G1 menos de 20% dessas pessoas estão empregadas, o que torna dificultado o processo de ressocialização em sua totalidade. Desse modo, é notória a importância da sociedade na reintegração desses indivíduos, porém com a permanência do preconceito, esse processo não será concretizado.

Ademais, pontua-se a participação dos meios de comunicações na resolução da problemática. Consoante ao filósofo Walter Benjamin, as mídias têm o poder de influenciar o modo de pensar do corpo social. Diante disso, sabe-se o potencial de engajamento desses veículos, todavia sem a representatividade, a problemática é silenciada, tendo em vista que, dificilmente a coletividade irá se inteirar sobre a divisão dos espaços da sociabilidade com esses indivíduos. Assim, ao invés de integrar, esse órgão de informação dificulta ainda mais a ressocialização desse grupo.

Portanto, é necessário o debate acerca das medidas a serem tomadas para intensificar a ressocialização das pessoas privadas de liberdade. Para que isso ocorra, os recursos midiáticos, responsáveis pela formação de opiniões, deve propor uma maior visibilidade desses indivíduos, por meio de programas televisivos, com o fito de representar para a sociedade que é possível ter uma convivência respeitosa e, posteriormente, erradicar o preconceito. Somente assim, a Legislação será respeitada.

se puderem estipular uma nota, eu agradeceria ;)