O papel da influência midiática no desenvolvimento intelectual e na formação dos jovens

Não há nada de tão absurdo que o hábito não torne aceitável”, essa frase atribuída ao estadista Cícero representa claramente o papel nocivo da mídia para o desenvolvimento intelectual e formação dos jovens no corpo social brasileiro. Nessa conjuntura, é essa aceitação que cristaliza essa vicissitude na população, ademais, a ideologia capitalista da indústria de entretenimento corrobora o cenário. Dessa forma, não só o alienamento do usuário, como também o precário acompanhamento familiar solidificam o quadro vigente.

Em primeira análise, vale ressaltar a alienação do jovem nacional como ente para discutir a influência da mídia no Brasil. Nesse sentido, no período pós-revolução industrial houve uma aplicação dos meios de comunicação como tv, internet, etc. Hodiernamente, a indústria cultural aliena seu usuário a partir de uma vasta gama de conteúdos disseminados no meio digital. Dessa maneira, ao buscar lucro, tenta manter o cidadão pueril ligado nas telas o máximo de tempo possível, para conseguir tal feito faz o uso de conteúdo apelativos como, por exemplo, a objetivação do corpo feminino e cenas “gore”. Portanto, a massificação desse conteúdo nocivo manipula o comportamento do indivíduo,
por conseguinte, molda o pensamento de forma maléfica, podendo gerar, posteriormente, interferências -crimes- na sua vida social.

Em segunda reflexão, é importante frisar a necessidade do acompanhamento dos responsáveis sobre a vida social e, principalmente, digital de seus subordinados. A série da Netflix “Como vender drogas on-line” apresenta a vida de um jovem que usa seus conhecimentos cibernéticos para vender drogas na internet e seu pai -policial- não sabe do caso. Tristemente, a realidade apresentada na série condiz com a vivenciada na sociedade brasileira. Nesse âmbito, com o imediatismo atual do dia-a-dia de muitos pais brasileiros trabalha que forma a regredir as relações familiares, esse fator contemporâneo gera adolescentes leigos e sujeitos presos na bolha esmagadora de exibições não saudáveis à formação do ser.

Destarte, deve haver ações do Poder Público para mitigar a problemática. Em síntese, urge que o MEC crie, por meio de verbas governamentais, palestras em centros educacionais para pais e alunos massificando e exemplificando a informação de como é salutar o acompanhamento familiar durante as horas frente a gama midiática. Outrossim, é responsabilidade do Ministério das Comunicações intensificar restrição de idade em programas, séries, filmes e sites buscando afunilar quem está apto a consumi-los. Somente assim, de forma lenta e gradual, a mídia será parte para moldar uma sociedade em que o progresso leve felicidade para todos.