O NOVO MODELO FAMILIAR DO SÉCULO XXI

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A série americana recreativa “Modern Family” retrata o cotidiano da família Prichett, que tenta ser um retrato do conceito do que seria um “lar tradicional contemporâneo”. Onde nela, não existe mais papéis pré-estabelecidos, mostrando como uma família tão confusa pode ser mais unida do que muitas outras consideradas “normais”. Hodiernamente, a realidade brasileira não difere do seriado, pois, não há uma concordância em relação ao novo padrão de família — pouco discutida — no século XXI, no qual constitui-se além de mãe, pai e filhos. Desse modo, faz- se pertinente debater acerca da ideologia pela norma familiar e do preconceito da sociedade.

É relevante abordar, de início, que para muitos, existe uma regra pré-definida do que representa uma família. — Apesar das visíveis evoluções do patriarcalismo ao mordenismo —, a Câmara dos Deputados formulou um polêmico projeto de lei, o qual recebe o nome de “Estatuto da Família” tornando legítimo apenas a união entre homem e mulher. Em contrapartida, a Declaração Universal dos Direitos Humanos declara no artigo 16 que: ” A família é o núcleo natural e fundamental da sociedade”. Nesse viés, ela não exclui as outras diversas possibilidades de construção familiar, além daquelas ditas “tradicionais”. Aliás, tampouco propõe um rótulo de modelo fundamental, mas sim, a liberdade de todo indivíduo escolher a forma que deseja constituir um lar. Desse modo, mães e pais solteiros que são dirigentes de suas casas, como principalmente, casais homoafetivos que integram suas famílias, indubitavelmente, são lares fundamentais e naturais para a comunidade. Além do mais, isso torna o estatuto inconstitucional, uma vez que ele foi feito em favor de impedir casais homossexuais de adotarem filhos.

Ressalta – se, ademais, a exclusão desse novo modelo pela sociedade, que evidencia o preconceito. A novela brasileira “Êta Mundo Bom” de Walcyr Carrasco, em sua narrativa, retrata o sofrimento vivido pela jovem Maria, a qual engravida de seu namorado, porém, ele falece e, ela finda por ser expulsa do ramo familiar por seu pai, — como motivo de “desonra” — , assim como é rejeitada por uma parcela da população daquela época. Como consequência, aprende a lidar e cuidar de seu bebê sozinha. Mediante o exposto, antigamente, mães solteiras eram constantemente humilhadas por não possuírem um padrão de família, isto é, uma “presença masculina” para cuidar do lar. Embora, ainda sofram discriminação, nos dias atuais, elas ganharam força e espaço, tornado além de independentes, líderes dos seus próprios lares. Dessa maneira, infelizmente, sempre existirá “paradigmas patriarcais” a serem enfrentados, entretanto, é preciso abrir portas para a pluralidade social e, não lidar com a temática como superficial e depreciativa.

Com o desígnio de amenizar essa problemática, urge que o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, influa em prol da inclusão da família plural. Com o fito de tornar visíveis, assim como prezar por essa nova representatividade. Tal ação pode ser executada mediante a propagandas a respeito do tema, transmitindo a importância da inclusão, e a irrelevância das diferenças desses, enfatizando que quaisquer maneiras de amor bem como de amar valem a pena e, não podem ser descartadas. Além disso, cabe aos partidos políticos avançarem nas discussões sobre esse novo padrão, debatendo e analisando com a sociedade acerca do “Estatuto da Família”, o qual deve ser reconstituído como “Estatuto das Famílias” abrangendo todos os diversos lares existentes no Brasil. Espera-se com isso, não haver regras que se constitui apenas uma família autêntica e brasileira.

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1 Correção

  1. Oi Ana, tudo bem? Seu texto está muito bom, suas alusões se encaixaram muito bem no tema o que deu uma autorial muito boa e uma ótima nota na competência 3 (acredito que seu objetivo seja o Enem por conta da estrutura da proposta de intervenção). Aconselho que você foque na comp. 1 que é basicamente gramática pois identifiquei desvios linguísticos e problemas de pontuação. Cuidado com expressões informais e uma dica, não usa “ou melhor” dá a ideia que você não explicou direito. ;) espero ter te ajudado

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