O mal uso da Internet

Tema: Fake News e a privacidade na Internet

Segundo Zygmunt Bauman, sociólogo polonês, não são as crises que mudam o mundo, mas sim as reações a elas. Sob tal ótica, diante dos problemas relacionados às “Fake News”, notícias falsas, e privacidade na Internet, é notório que o Brasil propende-se a respostas negativas, visto que vigora a desinformação dos usuários e, como efeito, emerge o compartilhamento de informações duvidosas na rede. Logo, faz-se imperiosa a análise dessa conjuntura com o objetivo de promover reações positivas defronte à problemática.

Em primeiro plano, é axiomático a contribuição da falta de instrução dos navegantes da rede para a perenização desse quadro deletério. Consoante às ideologias do matemático Pitágoras, o mundo é baseado na harmonia de forças contrárias. Destarte, tendo em vista que de um lado empresas aproveitam das informações dos usuários, a fins comerciais, à medida que estas últimas mal sabem desse procedimento, fica claro que o hodierno panorama se encontra, infelizmente, fora do equilíbrio defendido pelo matemático.

Torna-se irrefutável, em segundo lugar, a íntima relação da propagação de “Fake News” com a causa supracitada. Conforme à plataforma Uol, 7 a cada 10 brasileiros acreditam e difundem – neste período de pandemia – notícias falsas referente ao covid-19, uma pequena amostragem da velocidade de propagação destes tipos de dados. À luz dessa perspectiva, é inaceitável um país elencado entre as 10 maiores economias do mundo tenha que se submeter a uma situação tão degenerativa. Dessarte, é mister a implementação de medidas com o fito de mitigar este imbróglio.

Depreende-se, portanto, que há a premência de medidas a fim de liquidar esse impasse. Para isso, cabe ao Ministério da Educação e Cultura, por intermédio da alteração na Base Nacional Comum Curricular, adicionar a disciplina de Educação Digital, desde a tenra idade, a qual visará instruir os alunos no uso da rede, de modo a desenvolver uma população mais consciente em relação à privacidade de seus dados na Internet. Quiçá, assim, tal hiato reverter-se-á, fazendo “jus”, deveras, àquilo que fora apregoado por Bauman.