Estudante

O lixo eletrônico na era da obsolescência programada

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A globalização permitiu o desenvolvimento de novas tecnologias e avanços significativos na Indústria Cultural. Nesse contexto, aspectos como a busca por produtos tecnológicos não duráveis proporcionaram um acelerado esgotamento dos recursos naturais. Semelhantemente ao fenômeno, na atualidade, a procura por bens capitalistas fez a questão do lixo eletrônico na era da obsolescência programada crescer de forma alarmante nos últimos anos. Isso se evidencia não só pela população consumista influenciada por propagandas, mas também pela degradação ambiental por metais pesados.

Sob esse viés, vale ressaltar que a geração manipulada por publicidade em adquirir mercadorias configura-se como um grande impasse. Em vista disso, o livro “A sociedade do Espetáculo”, de Guy Debord, ilustra a criação de uma sociedade consumista baseada em imagens, a qual sofre uma “alienação” da apresentação de novos produtos. Assim sendo, a obra se aplica aos tempos atuais, uma vez que os chamativos estímulos de marketing acabam oferecendo uma curta programação para a validade de eletrônicos e, por conseguinte, corroboram a excessiva prática do acúmulo de lixo eletrônico sem a devida reciclagem. Nesse sentido, é evidente a incentivação do país em  tornar a população em uma platéia capitalista, algo que precisa mudar com urgência.

Além disso, outro desafio é a persistente contaminação do solo por resíduos de equipamentos eletrônicos. Sob essa perspectiva, o filme “Wall-E”, ganhador do Oscar de melhor animação, narra a história de um robô compactador vivendo sozinho em 2805, com a terra abandonada e sofrendo os resultados do consumo exagerado dos humanos pelo acúmulo do lixo eletrônico. De forma análoga, é possível perceber os mesmos malefícios na sociedade contemporânea, tendo em vista que a constante troca de eletrônicos obsoletos possibilita o descarte incorreto do lixo eletrônico e, automaticamente, a rápida degradação ambiental pela liberação de líquidos prejudiciais. Dessa maneira, a não prevenção de tal prática possibilita uma regressão para recuperar os danos de impurezas sobre o solo.

Infere-se, portanto, que os seres consumistas favorecem o acúmulo do lixo eletrônico e um grande avanço na danificação ambiental. Dessarte, cabe a Onu Meio Ambiente-  agência responsável pela conservação e o uso de recursos ambientais- criar campanhas exclusivas em espaços públicos de cada país, por meio de patrocínio de instituições, com a ajuda de psicólogos que utilizem palestras à respeito do perigo do consumismo no Brasil e demais nações capitalistas e, ao final, recolham os equipamentos eletrônicos para a correta reciclagem. Espera-se, com isso, que a nova geração consiga priorizar o cuidado ao solo, bem como a atmosfera do planeta e, assim, evitar a catástrofe citada no filme” Wall-E”.

Pra quem não entender obsolescência programada= produtos com data marcada para “morrer”.

O texto ficou grande, mas a minha letra é pequena!

Correção ENEM!💕

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2 Correções

  1. Eu gostei muito da sua redação, principalmente, em suas citações que mostraram um grande entendimento do assunto e as palavras que foram utilizadas ao longo do texto. Para mim foi um texto claro e coeso e abordou bem o tema.
    Existem alguns pontos que podem melhorar como a gramática por exemplo e melhorar um pouco a sua proposta, mas, eu gostei bastante do seu texto, meus parabéns!

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  2. “Alguns erros que pelamor” – concordo, perder 40 pontos de norma culta por causa de erro de concordância (aspectos proporcionou, no 1º parágrafo), de pontuação (francamente, cadê a vírgula antes de “gerando”, depois de “segundo dados da onu” e de “juntamente a ongs”?), além da bagunça ali no final, que é de concordância de novo (quem orienta são os psicólogos ou é a ajuda?), uma crase logo depois, também, que pelamor… Aí completa com mais um erro de pontuação (se você separa o “com isso” com vírgula, por que não separou o “ao final”?!)

    PELAMOR!!

    Isso porque eu não descontei o erro do lixo eletrônico, mas que eu vou descontar na competência 3, calma que tem mais erros que pelamor!

    C1: 160.

    C2: 200. Essa é fácil, é só ter um repertório válido e fazê-lo render. 420 palavras deve ter rendido alguma coisa, né? Vamos pra 3 que eu quero tirar pontos.

    C3: 160, pelamor…

    Você começou bem, não vou negar, mas, meu, de que país assegurador de direito ao meio ambiente você está falando no segundo parágrafo? E a obra do Debord é uma ficção ou uma teoria? Bahh, teoria é lei, lei existe, não é virtual, não pode ser “assemelhada à realidade”, ela é a própria realidade suspensa, até que se chegue o caso em que ela se aplica – talvez o correto, no lugar do “analogamente” e da “realidade”, fosse dizer que a obra/teoria se aplica aos tempos atuais, ainda se aplica, e muito…

    Também tenho um outro problema nesse 2º parágrafo, que é a conclusão quase contraditória. Vou fazer um esforço – e haja esforço, hein – pra considerar o tal país assegurador do meio ambiente o Brasil. Beleza, se a culpa é das imagens de um sistema capitalista que só se preocupa com o marketing, por que seria “inadmissível” um país capitalista-espetaculoso não resolver isso, já que, pela teoria, ele até incentiva? No mínimo, você precisa de um novo pra desenvolver essa ideia, que não me parece ser a melhor conclusão a que se pode chegar após a sua bela defesa de tese.

    Sobre o terceiro parágrafo, um pequeno deslize: o desafio é contaminação do solo ou “o debate” sobre ele? Aho que você quis dizer outra coisa, mas é relevável.

    Já sobre a conclusão, tenho um problema, que é a proposta que quebra com a sua lógica do próprio tema, que é global. Você acertou no primeiro parágrafo quando trouxe uma abordagem mundial sobre a problemática, a obsolescência programada é uma questão global, por que o agente tem que um Ministério brasileiro? O que me prepara, ao longo do texto, para ler que é possível resolver esse problema de maneira local? Até os dados, que foram ditos de forma incompleta (são 52 MILHÕES por ANO, vc não deu a dimensão correta), tratam-se de dados mundiais, e têm que ser contados assim, não existe problema de lixo algum para um único país, daí que a coerência, sinto, pedia uma proposta global, que é rara no Enem e, por isso, você foi levada a pensar em Ministérios (cuidado, então, quando o tema pedir maior flexibilidade tua nas propostas, às vezes apontar o governo brasileiro como o agente soa tão incoerente que acaba sobrando aqui, na competência 3).

    C4: 200, apesar de eu ter uma consideração pra fazer. Cuidado com a repetição de sentidos que a gente espera serem pontuais, como o “analogamente” e seus semelhantes, além dos conectivos inertes, como o “dessa maneira”, “dessa forma”, “dessarte”, que não trazem uma efetiva relação de sentido e, quando aplicados no lugar em que deveria estar um com relação de sentido de fato. Eles não descontam pontos, mas são vistos como ocupação de espaço que pode te prejudicar nessas situações que destaquei.

    C5: 160 (tenho quase certeza de que verba pública não é considerada um “meio”, tá mais pressuposto da ação governamental, mas isso eu vou confirmar analisando as notas que a galerinha que me pediu correção receber. A pergunta que o corretor vai fazer é “como se executam essas campanhas públicas?” – ou seja, serão palestras, aulas, entrevistas? Se eles pontuam o “por meio de verbas”, acho que você entende o que eu falei lá na mensagem sobre “o Enem matar a escrita”. Vou me dar o direito de exigir mais de você kkkk)

    Acho que você está muitíssimo bem pra quem está começando o 3º ano. Desejo a você essa sede por conhecimento e que siga tendo prazer pela escrita!
    PELAMOR!!!!

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