No episódio “Queda Livre” da série britânica “Black Mirror“, vivencia-se uma sociedade na qual os indivíduos são avaliados com base na interação social e pontuados com estrelas em uma plataforma virtual, essa pontuação determina sua posição na hierarquia humana e o tratamento que deve receber no cotidiano. De maneira análoga, as redes sociais e o julgamento virtual norteiam a maioria das relações coletivas no Brasil hodierno, se tornando, muitas vezes, agentes perturbadores da saúde mental dos brasileiros, tanto em relação à autoestima, bem como à ansiedade e fobias.
Sob esse viés, vale ressaltar a influência da mídia social na autoestima dos usuários, uma vez que o número de interações que um indivíduo possui configura o seu valor perante o todo. Nesse contexto, surge uma comparação entre os indivíduos que utilizam a plataforma, gerando uma imagem insatisfatória de si mesmo por não possuir o engajamento almejado ou a realidade idílica e felicidade forjada que outros usuários detêm. Ademais, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a baixa estima tem correlação direta com sintomas da depressão, tornando fundamental a discussão sobre a constante competição e contraposição dos indivíduos proporcionada pelo uso das redes sociais em excesso.
Outrossim, é perceptível a manifestação de indicativos da patologia denominada ansiedade em usuários assíduos das plataformas sociais midiáticas. Nessa perspectiva, de acordo com a fundação Getúlio Vargas (FGV), 41% dos jovens brasileiros alegam que as redes sociais causam sintomas como tristeza e ansiedade. Contata-se que a exacerbada malha de informações as quais o cérebro dos indivíduos é submetido gera uma constante necessidade na busca por mais de tal estímulo. Em síntese, a ideia de perder um acontecimento global, do país, ou até mesmo do próprio ciclo de amizades causa aflição e induz a diversos outros sintomas da ansiedade.
Portanto, é evidente a validez da discussão sobre doenças de cunho mental e a interação mediante à internet. Para tanto, cabe ao Governo, por meio do Ministério de Comunicações, a promoção de instrumentos conscientizadores, como campanhas publicitárias e palestras em escolas, visando falar sobre a inteligência emocional e sua ligação com as mídias sociais, contando com a presença de psicólogos e psicopedagogos para explanar seus conhecimentos. Tal inciativa tem como objetivo promover um Brasil mentalmente saudável e com menores índices de brasileiros portadores de doenças como ansiedade e depressão em decorrência das redes de comunicação. Somente assim a realidade da série “Black Mirror” continuará apenas no campo ficcional e não se tornará uma preocupação emergencial.
Richard Vieira
INTRODUÇÃO
Impecável a sua introdução, com o repertório muito produtivo e pertinente. Além disso, os trechos estão bem amarrados e de fácil compreensão.
DESENVOLVIMENTO 1
Segue o texto com um desenvolvimento bem elaborado e completo, também.
DESENVOLVIMENTO 2:
Segue com o paragrafo pertinente e sem desvios da coerência.
CONCLUSÃO:
Só uma dica que eu recebia quando fiz cursinho, coloque Governo Federal , pois assim você não da margem para ser penalizada, pois é complicado sabermos quem irá corrigir o nosso texto.
A sua proposta de intervenção está completa, com todos os mecanismos exigidos, tudo muito bem explicito. Ademais, o texto foi fechado com o assunto iniciado, isso gera um ciclo na leitura e confirma que a redação foi bem elaborada.
Parabéns pelo o texto Ana, realmente ficou muito bom e organizado. Não percebi nenhuma inadequação dos conectivos e nem desvios no sentido e na linearidade da redação. Repertórios produtivos e confirmam os seus argumentos sobre o assunto.
OBS: vou tirar 20 pontos na C1 por eu não ser tão bom nela, ai não posso afirmar se gramaticalmente exista alguma infração. (Como se um corretor desse 200 e o outro 160)
NOTA
C1= 180 C2=200 C3= 200 C4=200 C5=200 Total = 980
*Se possível, eu ficaria muito agradecido, você poderia corrigir a minha, por gentileza.*