O hábito de leitura entre os jovens

A obra literária “A menina que roubava livros”, de Markus Zusak, se passa no período em que o nazismo apascentava o mundo e a censura era cada vez mais comum. Liesel Meminger, a protagonista, roubava livros que seriam queimados pelos nazistas, e ler tornou-se seu maior objetivo. Fora da ficção, podemos observar que a população não é habituada à leitura devido a dificuldade do acesso e a falta de incentivo.
Primordialmente, é imprescindível informar que 44% da população brasileira não lê livros. E esse número vêm crescendo cada vez mais: cerca de 3% por ano, segundo o Estadão. Essa problemática deve-se, entre outras razões, ao fato de que muitos brasileiros não têm condições financeiras para tal, considerando o preço excessivo da maioria das obras literárias. Ademais, é declarado pela FEBAB (Federação Brasileira de Associações de Bibliotecários), que não há bibliotecas suficientes no país, uma vez que existe uma para cada 34 mil habitantes. Ainda de acordo com a FEBAB, muitas das bibliotecas públicas existentes não estão em bom estado e tampouco apresentam conteúdo de qualidade.
Outrossim, boa parte dos jovens não se veem estimulados pelos professores a gostar de livros. As escolas impõem aos alunos certos tipos de leitura, o que acaba afastando o indivíduo do que é realmente de seu interesse, criando um bloqueio para a literatura. Cerca de 70% dos livros lidos pelos jovens são didáticos. Segundo a autora Ruth Rocha, “a leitura, antes de mais nada é estímulo, é exemplo”.
Em síntese, é fundamental que o Ministério da Educação construa novas bibliotecas públicas e aprimore as escolares, adicionando novas obras, diversificando os livros para atender aos interesses de todos e criando programas de incentivo à leitura, com a finalidade de criar mais leitores e democratizando a educação.