O hábito de leitura em questão no Brasil

Segundo a Constituição Federal de 1988, todo cidadão tem direito à educação e ao bem-estar social. Todavia, essas garantias não são verificadas, de fato, na prática, visto que o hábito de leitura é escasso na sociedade brasileira, devido à omissão familiar e negligência governamental.

A princípio, no filme norte-americano “Mãos Talentosas”, é retratado a situação de uma mãe que incentiva seu filho a ler constantemente. No entanto, fora da ficção, essa conjuntura não se nota, tendo em vista a carência da prática de ler no âmbito familiar, ocasionada pela omissão dos progenitores que não estabelecem um tempo de leitura com seus filhos. Nessa ótica, há a formação de cidadãos mais desinteressados e com déficit de senso crítico.

Outrossim, conforme Aristóteles, filósofo grego, “o papel da política é promover o bem-estar social”. Entretanto, o que se observa é a presença minimizada de bibliotecas públicas no país, por falta de recursos financeiros, o que evidencia a negligência governamental. Desse modo, é inaceitável que em Estado dito democrático, a população, principalmente a marginalizada, não seja leitora habitual, devido à ineficiência do Governo para exercer seu papel.

Infere-se, portanto, que medidas são necessárias para alterar esse cenário. Destarte, o Ministério da Educação deve proporcionar projetos voltados ao incentivo a essa temática, por meio de investimentos governamentais. Isso ocorrerá, com a construção de bibliotecas públicas em lugares acessíveis e a realização de palestras sobre a importância da leitura na infância, as quais devem ser realizadas nas escolas e direcionadas, principalmente aos pais, de modo a tornar os cidadãos mais leitores e críticos.