O GIGANTE ACORDADO

“No meio do caminho há uma pedra, há uma pedra no meio do caminho” cita o poeta Carlos Drummond de Andrade em relação aos obstáculos que impedem o progresso de algo. Análogo a isso, uma das grandes pedras da realidade brasileira é a violência no trânsito. Nesse contexto, configura-se como causas para o revés a negligência estatal e a falta de ações por parte da mídia.

Diante desse cenário, é oportuno pontuar que a displicência do governo possui íntima relação com o problema. Acerca disso, Thomas Hobbes em seu livro “Leviatã” defende a obrigação do Estado em proporcionar meios que auxiliem no progresso do corpo social. As autoridades todavia, vão de encontro com os ideais de Hobbes, uma vez que são inertes ao entrave e não direcionam um olhar para resolver os acidentes automobilísticos. Deste Modo, tal omissão inviabiliza a dissolução dessa conjuntura inaceitável.

Outroassim, denuncia-se o agravamento do impasse por parte da omissão midiática. Consoante Zygmunt Bauman, sociólogo Polônes, algumas instituições perderam sua função social, embora ainda mantenham sua essência. Nessa lógica, o compartilhamento de informações e propagandas é crucial não só para a formação da conciência da população, mas também para a redução de desastres. Ao passo que os meios de comunicação não cumprem sua obrigação, os desafios voltados ao tema se mantêm em vigor.

Em suma, observa-se a necessidade de atenuar os desafios relacionados à violência no trânsito brasileiro. Logo, o Estado em parceria com a imprensa, por meio do CONTRAN – Conselho Nacional Do Trânsito – devem realizar não só a manutenção de leis, como também a exposição de publicidades impactantes em todas as rede de comunicação, com o intuito de promover um tráfego seguro. Assim, colocando em prática tais propostas, o Brasil, gigante que a tanto se referem, poderá honrar seu nome e grandeza.