No filme “Estômago”, um cozinheiro e presidiário envenena outro encarcerado, para vingar-se, por meio do alimento, que teria preparado para seu consumo. De maneira análoga, a comida pode ser tóxica caso não seja devidamente preparada, e no contexto das “dark kitchens”, cozinhas que preparam alimentos para entrega, é questionável até que ponto a higiene está posta em prática. Assim, ao considerar tais fatores, é necessário compreender a possibilidade da falta de medidas sanitárias nesses ambientes e os efeitos negativos disso para a sociedade contemporânea.
Em primeiro lugar, vale ressaltar que a ausência de saneamento é possível nas “dark kitchens”. Nesse sentido, observa-se que, ao contrário de ambientes como restaurantes públicos, shoppings e outros, a nova forma de entrega de comidas tende a impedir a visibilidade do público quanto ao modo de produção do alimento. Sob esse prisma, essa falta de higiene é uma possibilidade porque algumas empresas de alimento tendem a valorizar o lucro em detrimento da saúde dos clientes, ao estocarem alimentos estragados para não perder economicamente, como no caso noticiado pelo G1, no qual uma padaria foi apreendida estocando 24 toneladas de comida estragada.
Em segundo lugar, é imprescindível compreender as consequências negativas que a falta de salubridade nas “dark kitchens” pode trazer para a sociedade contemporânea. Sob essa ótica, a área do conhecimento da Biologia demonstra, por exemplo, o Bacillus cereus e a Escherichia Coli, agentes microscópicos que contaminam os alimentos e trazem doenças que resultam em vômito, naúsea e febre. Nessa perspectiva, tais efeitos inaceitáveis à saúde humana relacionam-se às novas formas de “delivery” alimentar, uma vez que as “cozinhas fantasma” muitas vezes não são fiscalizadas, por serem de âmbito privado, permitindo que a falta de higiene não seja visível. Dessa forma, é importante que haja uma ação estatal no sentido de impedir os problemas observados.
Depreende-se, portanto, que cabe ao Poder Executivo, por meio de investimento de verbas públicas, a contratação de uma empresa responsável pela vigilância sanitária, a qual, com a finalidade de acabar com a falta de salubridade nos “dark kitchens”, fiscalizará firmas de “delivery” alimentar – como iFood, Rappi, UberEats e outras. Destarte, a falta de higiene nas “cozinhas fantasmas” tenderá a reduzir.
Edinaildo2020
Olá, Cartola! Tudo bem?
Bom, primeiramente parabéns pela redação, vc escreve muito bem e demostra ter os conhecimentos necessários exigidos pela banca do Enem.
Na introdução, vc utilizou um ótimo repertório, contextualizou bem e apresentou a tese. Digo o mesmo dos desenvlvimentos, apesar de indicar que você fique mais atento a escolha do repertório e vocabulário. Na conclusão, senti falta de algo mais planejado, sabe?
sugiro que você leia algumas redações nota mil para ter como exemplo a forma certinha de fazer, falta um maior detalhamento.
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Nota Final; 800