“No meio do caminho tinha uma pedra, tinha uma pedra no meio do caminho”. De maneira análoga ao trecho do poema de Carlos Drummond de Andrade, é possível estabelecer uma relação metafórica entre a “pedra no caminho” e os desafios para superar o crescente êxodo de cientistas para fora do Brasil. Tal cenário nefasto se estabelece no contexto atual não só pelo descaso governamental, mas também pela omissão escolar.
Sob esse viés, convém analisar de que maneira a postura estatal influencia no entrave. De acordo com o teórico inglês Thommas Hobbes, é dever do Estado garantir o bem-estar social. Entretanto, ao analisar o ínfimo investimento em infraestruturas capazes de fornecerem condições dignas à comunidade cientifica, como na construção de laboratórios de ponta e na adoção de equipamentos mais avançados, é notório que a máxima levantada por Hobbes não é efetivada. Por conseguinte, essa negação do poder da ciência por parte do Governo Federal causa a perda de mentes brilhantes para países que as valorizam.
Outrossim, a negligência escolar possui, indubitavelmente, intrínseca relação com tal fenômeno social. Nessa conjuntura, alude-se ao pensamento do filosofo Immanuel Kant, o qual dizia que o homem é aquilo que a educação faz dele. À luz dessa perspectiva, a priorização exacerbada de conteúdos teóricos fomenta o pensamento de que a ciência, por ser abordada de forma complexa, não está presente no cotidiano e é produzida exclusivamente por países de primeiro mundo.
Depreende-se, pois, que o Estado deve tomar providências para amenizar o quadro atual. Urge que o Ministério da Educação junto com as escolas promova ações informativas, por meio de minicursos, ministrados por profissionais da área de ciências da natureza, a fim de que os estudantes possam compreender a importância da ciência para a manutenção da vida. Além disso, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações deve atuar na reestruturação de áreas de desenvolvimento Científico, a partir de incentivos fiscais do Governo Federal, com o fito de frear a “fuga de cérebros”, removendo, assim, a “pedra no caminho”.
vitoriamilhomesz
INTRODUÇÃO: Introdução muito boa. Você soube expor o tema e sua teses.
A citação ao poema de Carlos Drummond de Andrade ficou muito boa também.
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I DESENVOLVIMENTO: Também está muito bom. Ótima citação, argumentação clara e coesa.
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II DESENVOLVIMENTO: Ótima escolha de tese. Ficou muito bem abordada.
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CONCLUSÃO: Perfeita!
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PARABÉNS!!!!!