O estigmas associado às doenças mentais na sociedade brasileira.

O filme “Vendedor de sonhos” exibe que um psiquiatra renomado tenta se suicidar, logo isso é visto com ironia pela sociedade, pois era um psicólogo que não “curava” a sua própria depressão. Fora da ficção a realidade não é diferente, visto muitos brasileiros com transtornos mentais são ignorados e tratados como capazes e, no dever, de resolverem sozinhos os próprios problemas. Essa visão estigmatizada, associa-se à imagem de pessoa feliz e independente, que é idealizada pelas redes sociais.

Sob esse viés, as redes sociais têm atuado como fatores para a disseminação, pela população, da ideia de que “doenças mentais não devem ser tratadas com seriedade”. Torna-se evidente, portanto, a ineficácia do Ministério da Saúde em informar à população sobre os impactos deste óbice à sociedade brasileira. Segundo a Constituição Federal de 1988, todo cidadão tem direito à informação. Nesse sentido, é necessária uma ação governamental que garanta dados sobre problemas psicológicos.

Analogamente, ressalta-se que a falta de atendimentos e tratamentos tem sido um problema à saúde mental no Brasil. Diante disso, é inadmissível que somente informações sejam disponibilizadas à população, também precisa-se de auxílio psicológico de profissionais. Sob esse aspecto, o Ministério da Saúde deve garantir que a saúde mental seja “levada à sério” pela população, tratando-a com seriedade, investindo mais em atendimentos e tratamentos.

Infere-se, portanto, que medidas devem serem realizadas para reduzir os impactos da estigmatização associada às doenças mentais no Brasil. O Ministério da Saúde deve informar sobre as causas e impactos das enfermidades psicológicas, além de garantir atendimentos clínicos em unidades de ensino a estudantes, por meio do apoio da mídia e dos governos municipais, a fim de que essa classe de enfermidades seja vista e tratada com atenção e cuidado pela população. Somente assim, em analogia a ficção referida, os preconceitos contra a saúde mental serão minimizados.