O estigma associado às doenças mentais na sociedade brasileira

No filme “Coringa” de 2019, é retratado com maestria o abandono e marginalização relegado às pessoas diagnosticadas com transtornos mentais. De maneira análoga, o estigma conferido às doenças mentais no Brasil é um problema social grave que precisa ser combatido, já que impõe aos pacientes estereótipos incabíveis e lhes retira a dignidade em detrimento de seus diagnósticos.

De inicio, é notório destacar o papel dos estereótipos sociais deturpados, na marginalização das doenças mentais. Como disse o filósofo iluminista francês Voltaire “preconceito é opinião sem conhecimento”, dessa forma a propagação de informações torna-se imperativa no processo de desconstrução dessa imagem nociva relacionada às doenças mentais na sociedade brasileira.

Ademais, cabe ressaltar  que a redução do indivíduo ao seu diagnóstico constitui-se uma problemática, infelizmente comum, que precisa ser superada. Segundo a OMS, 9,3% da população brasileira é ansiosa e comumente essas pessoas são taxadas de “loucas” ou “preguiçosas”. Sendo assim, torna-se urgente reconhecer os aspectos negativos desse comportamento para os próprios paciente e também para a sociedade.

Infere-se, portanto, que ainda há impedimentos para se extinguir esses vícios sociais ultrapassados relacionados aos transtornos mentais no Brasil. Por conta disso, é imprescindível a adoção de medidas por parte do Governo federal, juntamente com o ministério da saúde, por meio de palestras em escolas e campanhas veiculadas pelos meios de comunicação de massas, afim de difundir informações importantes e verdadeiras acerca das doenças mentais e reverter imagens falaciosas tão intrínsecas à sociedade. Dessa forma, o Brasil poderá superar verdadeiramente esses malefícios e diferentemente do enredo de “coringa” ter uma realidade social mais favorável aos pacientes com transtornos mentais.