O estigma associado às doenças mentais na sociedade.

O conceito de saúde, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), não se resume à ausência de doenças, mas ao conjunto de fatores sociais, ambientais, e outros. Da mesma forma a saúde mental não se resume na ausência de doenças psíquicas, podendo-se inferir que sofrimento mental e alterações de comportamento e de interpretação do mundo externo são condições que incluem diretamente nesse aspecto. Entretanto, o estigma social sobre as doenças mentais acabam por ludibriar sobre esse assunto, tornando-o alvo de preconceitos e rotulações.

Em primeira instância, o preconceito anelado a concepção de doenças mentais fazem com que muitas pessoas escondam seu sofrimento e suas angústias vivenciadas no mundo contemporâneo. Esse fato é sustentado historicamente no qual a doença exclui a pessoa da sociedade, definida como algo anômalo ao que é padronizado como “normal”. Isso é fortalecido pela deficiência de políticas públicas voltadas para a desmistificação do entendimento real do panorama envolvido que levam as pessoas a se esconderem em máscaras de sorrisos e felicidades para não serem sujeitas à rotulação e exclusão social.

Outrossim, a OMS afirmou que o Brasil se encontra em primeiro lugar no tocante a quantidade de casos de depressão na América Latina. Esse dado deveria fomentar ações para reverter esse quadro, todavia há um descaso e um pensamento arcaico no qual as outras pessoas definem esses fatos como sendo “frescura” e “falta de atenção”. Essa rotulação termina em aumentar o grau da doença mental na medida em que essas pessoas se isolam e se excluem da sociedade, somado ao fato de não procurarem ajuda por medo do preconceito, e o fim desse dilema, muito das vezes, é o suicídio.

Urgem, portanto, medidas eficazes que controlem o aumento de casos e que institua a solidariedade na sociedade pós moderna. O Estado, nesse sentido, deve não somente instituir políticas públicas juntamente ao Ministério da Saúde que promovam a captação e o tratamento adequado desses indivíduos como também, com o Ministério da Educação, desenvolver matérias e palestras nas escolas e universidades que conscientizem as pessoas a serem mais harmoniosas passando a serem mais empáticas quanto as pessoas que sofrem de doenças mentais.