Na obra “Utopia”, do célebre escritor inglês Thomas More, é retratada uma sociedade ideal, na qual o corpo social se padroniza pela ausência de conflitos. No entanto, observa-se, na realidade contemporânea, o oposto da coletividade defendida pelo autor, uma vez que os estigmas associados ao vírus HIV no Brasil apresenta barreiras, as quais dificultam a concretização dos planos de More. Nesse contexto, verifica-se a configuração de um grave problema, que tem como causas: a falta de empatia e a negligência escolar.
Nesse sentido, convém ressaltar que o escasso exercício da empatia na sociedade brasileira contribui para a permanência do preconceito relacionado ao vírus HIV. Segundo o filósofo Immanuel Kant, o indivíduo deve agir conforme o dever moralmente correto, levando em consideração a existência e as individualidades do outro. Entretanto, esse princípio, chamado de “Imperativo Categórico”, não se concretiza na realidade brasileira, haja vista que muitas pessoas que possuem essa doença ainda são marginalizadas pelo povo e até por familiares que, na maioria das vezes, não conhecem a forma de propagação do vírus, nem o seu tratamento. Em consequência disso, essa parcela da sociedade acaba, infelizmente, sendo acometida de problemas psicológicos pela sua exclusão de encontros familiares e de um relacionamento, por exemplo. Assim, nota-se que esse desrespeito precisa ser desmotivado.
Ademais, outra causa responsável pela manutenção dessa mazela social é a incúria das instituições formais de ensino. Isso porque as escolas –as quais exercem o papel educativo- estão, por vezes, mais focadas nas notas disciplinares dos alunos do que em promover projetos que poderiam conscientizá-los acerca do tratamento do vírus da Aids e desmistificar os estigmas relacionados a ele –como a realização de palestras com pessoas que têm a doença e com profissionais da saúde. Essa situação de inoperância escolar acarreta a formação deficitária dos estudantes, os quais acabam tratando esse assunto como algo irrelevante e, ainda, exemplifica a teoria do sociólogo Zygmunt Bauman, chamada de “Instituições Zumbis”, o qual afirma que estão presentes na sociedade, mas não cumprem suas funções com eficácia. Dessa forma, faz-se necessária a reformulação urgente dessa postura omissa.
Portanto, o Ministério da Educação deve realizar uma campanha educativa com o tema: “A importância do conhecimento sobre o vírus HIV”, por meio de debates e de aulões com professores de biologia e com médicos especializados no assunto, os quais ministrarão essas aulas em escolas, universidades e praças públicas, a fim de conscientizar os cidadãos brasileiros, desde a tenra idade, sobre a importância do apoio às pessoas que sofrem dessa doença. Somente assim, a coletividade alcançará a Utopia de More.
Phalangee
Olá!
Gostei muito do seu texto. Você está no caminho certo e acredito que tem poucos erros.
Revise o uso de dois pontos. A utilização de repertório está ótima e você encaixa eles super bem.
Cuide no momento de mencionar o que deve ser feito para resolver o problema antes da conclusão. (vi isso no desenvolvimento 2)
A proposta de intervenção está completa.
Muito bom! Boa sorte e continue estudando.
johlemos
C1: 160 (revise o uso de “dois pontos” quando usados de forma desnecessária causando coloquialismo em seu texto)
C2: 200 (repertórios produtivos muito bem argumentados, parabéns)
C3: 160 (relacione suas ideias, não esqueça de retomar a problemática no início da conclusão)
C4: 200 (ótima abordagem coesiva com variados elementos de linguagem)
C5: 200 (possui todos os elementos exigidos)
Total: 920