O Estado e sua relação com o saneamento básico

(Correção Mod Enem; coloque a nota,pfv….muito obrigada)

Tema: Saneamento básico no Brasil

A Constituição Brasileira de 1988 prevê o direito a saúde como algo essencial ao brasileiro. No entanto, o mal investimento em infraestrutura para levar saneamento básico para todos os cidadãos do país, coloca isso em risco, já que, a coleta de lixo, o tratamento de água, o tratamento de esgotos e outros serviços, são essenciais para a prevenção de doenças, atualmente, uma situação irreal para milhões de cidadãos.

Em primeiro plano, é importante ressaltar que o Estado é um dos responsáveis por promover a precarização do saneamento básico na nação. Apesar de ter um grande avanço em relação a essa temática nos últimos anos, os números ainda mostram que há muito a ser feito, cerca de 35 milhões de pessoas não tem acesso a água tratada. Nessa perspectiva fica evidente que é feito um mal investimento, pois o dinheiro destinado a esse recurso sai dos cofres públicos, todavia são realocados para as áreas que já são privilegiadas, formando assim um abismo entre a qualidade de vida das pessoas de diferentes localidades, assim como as das comunidades e em comparação com as do centro do Rio de Janeiro. Reflexo de uma urbanização desordenada e desigual, esse problema vem se arrastando desde muito tempo, uma vez que em 1904 iniciou-se mudanças para erradicar certas doenças, o investimento em saneamento foi um dos principais feitos na capital, na época o Rio de Janeiro, alargamento de ruas, construção de grandes obras e a derrubada de cortiços, são exemplos de algumas ações realizadas, entretanto mal elaboradas e excludentes,  deram um ponta pé inicial para a favelização, ou seja, muitas pessoas numa pequena área vivendo em situações precárias.

Ademais, vale ressaltar que um cenário ideal para proliferação de doenças estão majoritariamente presentes nas comunidades e nas zonas rurais. Visto que, o esgoto a céu aberto, ausência de tratamento de água e coleta inadequada do lixo são aspectos importantíssimos para a prevenção de doenças, porque um dos mais comuns dissipadores de doenças, tais como a Malária, Dengue, Zika e Febre Amarela, o mosquito “Aedes Aegypt”, há um ambiente excelente para se multiplicar, dessa maneira causa mais danos à saúde, segundo dados da Painel Saneamento Brasil (PSB) em 2017, 258.826 internações ocorreram por causa da precarização do saneamento básico no Brasil. Não é atoa que cidades de interiores e favelas são os locais que apresentam maior número de casos de doenças como a dengue, em  2016  a diferença entre o percentual de infectados nas favelas em contraposição com os dados totais coletados pela Secretaria de Saúde do Município do Rio de Janeiro era de sete vezes maior, evidenciando que a saúde da população está relacionado com o nível de cuidados básicos do meio em que está inserida.

Portanto, fica evidente que algo precisa ser feito para resolver essa problemática. Sendo assim o Ministério da Saúde deve promover a discussão sobre a situação do saneamento básico no Brasil, por meio de uma conferência com todos os secretários municipais de saúde, abordando temas como o direcionamento dos investimentos, principais ações para dissipar a infraestrutura básica para toda população e os desafios para que essa aconteça. Para que haja um investimento equitativo desses recursos e torne o saneamento básico uma realidade de todos, paralelamente a isso o Estado cumpre com o seu dever de garantir o direito à saúde aos brasileiros.