Estudante

o esporte como direito social

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Consoante o poeta italiano Dante Aleguieri ¨As leis existem mas quem as aplica?¨ Sob essa lógica, pode-se relacionar a frase com o estado atual, que embora a constituição federal de 1988 proponha o esporte, em suas diversas manifestações, como direito social, o estado ainda parece pouco se preocupar com sua manutenção e importância. Assim, a falta de debate acerca de seus benefícios e a enorme disparidade econômica do país agravam a desvalorização das práticas esportivas.
Em primeira análise, a lacuna informativa sobre o desporto, bem como suas utilidades para a sociedade, o colocam em segundo plano. Porém, é indubitável sua importância, em especial aos jovens da periferia, que veem as práticas desportivas como possibilidade de ascensão social e até mesmo fuga do mundo do crime e das drogas, que, em razão de suas condições, muitos acabam entrando. Desse modo, torna-se notório a massiva importância dos esportes, não só como meio lúdico, como também social.
Em segunda análise, a desigualdade econômica, junto à má qualidade das áreas esportivas públicas, tornam o desporto uma ferramenta de domínio dos mais ricos. Em razão do baixo capital investido no setor esportivo e sua desvalorização, uma grande parcela das quadras e ginásios estatais- as únicas acessíveis às classes populares- se encontram impróprias para o uso. Tal problemática pode ser exemplificada mediante dados estatísticos, onde, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ,em 2017, 100 milhões de brasileiros não praticaram esporte, dentre os quais, 91% eram pessoas sem ou com pouca instrução.
Portanto, medidas devem ser postas em prática visando assegurar, conforme a constituição federal, o direito de esporte no Brasil. Logo, cabe ao Ministério do Esporte democratizar o acesso ao desporte , por meio da construção e reestruturação de quadras e ginásios- principalmente em áreas de vulnerabilidade social, como favelas e campos rurais, devido a sua ausência de elementos desportivos- com o intuito de diminuir as desigualdades existentes e disponibilizar essa diretriz a todos, independente de sua origem. Somente assim, será possível proporcionar a população os benefícios decorrente da prática do desporto.

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2 Correções

  1. Olá, sua redação ficou boa mas poderia melhorar em alguns pontos. Especialmente no 2° parágrafo, você deveria ter apresentado algum conhecimento de mundo para fortalecer o seu argumento. Você poderia ter utilizado a constituição nesse 2° parágrafo, visto que um conhecimento de mundo por parágrafo é o indicado para não acumular informações em seu texto. Outra dica é detalhar de maneira mais específica a sua conclusão para que a sua resolução da problemática se torne mais completa.

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  2. Olá, Diego. A sua redação está ótima, com argumentos bem construídos, uma dica que te daria seria na sua introdução, o pensamento do filósofo junto a constituição ficou um excesso de informações que poderiam ser mais trabalhadas. Mas ao todo ótima redação, parabéns!
    Competência 1
    Demonstrar domínio da norma da língua escrita
    Nota: 200

    Competência 2
    Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo.
    Nota: 200

    Competência 3
    Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista.
    Nota: 160

    Competência 4
    Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação.
    Nota: 200

    Competência 5
    Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos.
    Nota: 200

    Sua nota é: 960

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