O Ensino a distância em questão no Brasil

A construção dos feudos, muros que delimitam uma determinada área no período da idade média, segregou milhares de pessoas e impossibilitou o acesso a bens que somente a nobreza podia usufruir. Semelhante a essa época. No contexto brasileiro atual, o ensino a distância é um dos meios de democratizar a educação, tendo em vista que muitas pessoas não podem ir a escola, mas ainda é feudalizado, já que essa forma de ensino é um desafio que envolve tanto acesso a materiais tecnológicos, quanto a condição de que o ensino virtual fica restrito aos mais favorecidos economicamente.
Constata-se, a princípio, que, segundo a Constituição Federal de 1988, todo cidadão tem direito à educação, percebe-se assim que no que diz respeito o ensino a distância não há o cumprimento dessa garantia. Esse cenário está fortemente entrelado ao fato de que nem toda população por questões econômicas não possuem acesso aos meios tecnológicos -computadores e celulares- Para visualizem aulas e exercícios. Perpetuando assim a exclusão social.
Ressalta-se, ademais, que o acesso ao ensino virtual é dificultado pela questão econômica, dado que, para fazer uso dos recursos digitais é necessário uma quantia monetária para compra de pacotes de internet, pacotes que são vendidos por empresas privadas, a qual essa quantia pode ser significativa para população de baixa renda. Dessa forma, sem possuir condições econômicas favoráveis, muitos indivíduos não enxergam o ensino à distância como meio educacional compatível com a sua realidade.
Urge, pois, que medidas sejam tomadas com o intuito de se coibir o problema discorrido. Ao Poder Estatal, assim como o Ministério da Educação caberia a ampliação de ambientes comunitários de exibição de aulas. Ademais, as empresas privadas por meio de incentivos governamentais, deverão diminuir a demanda monetária necessária para compra dos pacotes de internet, para que assim indivíduos de quaisquer classes sociais possam ter acesso ao ensino feito à distância. Como efeito social, a democratização da educação feita por meios de espaços virtuais será uma realidade, destruindo, assim, os “feudos” sociais.