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O drama das pessoas em situação de rua no Brasil

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O padre Júlio Lancellotti viralizou nas redes sociais ao quebrar um conjunto de pedras estabelecidas abaixo de um viaduto, com o fito de tornar o local apto para moradores de rua se abrigarem. Entretanto, o ato humanitário foi alvo de duras críticas na internet, de cunho intolerante, evidenciando a necessidade da discussão acerca do drama de pessoas em situação de rua – óbice alastrado, máxime, pelas desigualdades sociais e pela desumanização de tais pessoas.

A priori, é válido salientar que a miséria é um dos grandes fatores que impulsionam o número de moradores de rua. Nesse âmbito, a historiadora Lilia Schwarcz, no livro “Sobre o autoritarismo brasileiro”, percorre, desde o Brasil Colônia, a manutenção das desigualdades sociais. Dessa forma, a concentração de poder e dinheiro na mão de pequenos grupos foi, continuamente, estimulada pelo Estado brasileiro, propagando, no outro lado da moeda, a extrema pobreza e, portanto, negligenciando o quadro dos moradores de rua.

Paralelamente, o panorama da desumanização de tal população também alastra uma condição ainda maior de vulnerabilidade. Sob tal ótica, o geógrafo Milton Santos descreve a “democracia de mercado”, na qual o ponto central das relações sócio-políticas está no âmbito mercadológico, ao invés do social. Essa constatação é exemplificada na constante criminalização de movimentos sociais que ocupam prédios abandonados para sem-tetos. Dessa maneira, é explícito que, ainda, perduram ideologias higienistas que permitem a exclusão de pessoas ao direito básico da moradia, através de sua inferiorização.

Logo, depreende-se a urgência no combate ao preocupante panorama. Sendo assim, o Governo Federal deve fundar um projeto de reutilização de construções abandonadas, principalmente nos grandes centros urbanos, por meio do rastreio de locais com grandes pendências de impostos, para, enfim, realocar essa população. Somente assim, e de maneira gradual, o Brasil poderá encarar um cenário mais otimista e acolhedor, revertendo o padrão histórico descrito por Lilia Schwarcz.

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2 Correções

  1. Olá! Não sou especialista, mas vejamos:

    – Substituir sempre palavras repetidas por sinônimos;
    – Seu segundo e terceiro parágrafo falaram de temas periféricos e paralelos ao tema central, isso pode ser caracterizado fuga, dependendo de quem avalia;
    – Conclusão do ENEM deve ter agente, causa, intervenção, forma, efeito… Creio que atendeu alguns desses requisitos;

    Parabéns, continue praticando!

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  2. Olá Boa noite, Bom dia ou Boa tarde (não sei que horas você vai ler isso), Meu nome é Leticia, é a primeira vez que estou corrigindo uma redação. Estou no terceiro ano do ensino médio e vou fazer o Enem.
    Gostei muito do seu texto, porém há alguns erros de português e pontualidade. Vamos lá:
    (1) fito = fato.
    (2) cunho = cujo.
    (3) A priori, = A prioridade /// e não precisa dessa vírgula depois de prioridade.
    (4) para, enfim, = creio eu que não precisa dessa vírgula entre o “para” e o “enfim”.

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