O desafio de se conviver com a diferença

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O livro “extraordinário“ de R. J.Palacio, fala sobre um garoto que nasceu com uma síndrome genética que lhe ocasionou uma sequela facial, por se sentir estranho, ele usava um capacete para esconder sua face. Tal panorama auxilia na análise do desafio de se conviver com a diferença, visto que, muitas pessoas se sentem inferiores por apresentarem dissemelhança com o considerado “padrão”.  Nesse sentido, cabe citar raizes históricas e a mentalidade social como fatores inteiramente ligados a esse impasse.

Convém destacar, a princípio, os antecedentes da história como um dos principais motivos para a persistência do problema. A Alemanha, de 1933 a 1945, foi regida por um governo nazista, consequentemente, a desigualdade social era presente em meio a população. Nesse viés, apenas uma minoria da sociedade eram considerados cidadãos (os arianos) e tinham privilégios estatais. Portanto, infelizmente, o desdém por pessoas que apresentam características biológicas ou culturais “diferentes” é notório desde os antepassados.

Outrossim, o raciocínio da sociedade é um fator que contribui para esse cenário negativo. As palavras de Zygmunt Bauman, um sociólogo polonês, permite a reflexão da atualidade, pois ele diz que o século atual é caracterizado por uma modernidade líquida, termo utilizado para explicar a queda das atitudes éticas pela liquidez dos valores. Logo, a empatia é substituída pelo individualismo e a dificuldade de se colocar no lugar do outro coopera para a persistência do problema às  gerações.

Infere-se, portanto, que para vencer os desafios da convivência com o diferente, medidas precisam ser tomadas. Faz se necessário, pois, que o Poder Público crie projetos educativos em locais públicos de grande circulação, para a população em geral, por meio de palestras de profissionais da área de ciências sociais, que orientem a importância de respeitar o próximo independente de sua cor, cultura ou estilo de vida e atualizem esse cenário retrógrado em que se encontram os cidadãos. Assim, desenvolvendo uma sociedade em que o garoto do livro “extraordinário“ não se sinta estranho, mas sim especial.

 

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2 Correções

  1. Boa noite, tudo bem? Parabéns pelo seu texto, está muito bem organizado, coeso, estruturado, você tem bons argumentos e conhece muito bem o planejamento do texto dissertativo-argumentativo, porém acho que você poderia ter feito seu primeiro desenvolvimento como o segundo, pois ele não apresentou uma explicação e uma consequência clara. sucesso!!!!

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  2. Pra resolver o que a Cecília bem constatou, seria ideal tratar o Bauman como um exemplo, dedicar muito menos palavras para o conceito de Modernidade Líquida, algo do tipo…

    Outrossim, o raciocínio da sociedade é um fator que contribui para esse cenário negativo. Isso porque valores da civilização, fundados pela Modernidade, estão se liquefazendo – nos termos de Zygmunt Bauman…

    E aí você desenvolve as causas e consequências de forma mais limpa. Bauman é uma referência do século XXI, não há necessidade de grandes explicações sobre ele quando você demonstra entender o que é a Modernidade Líquida e a encaixa de forma perfeita no tema. Sua menção a ele foi muito apropriada, diga-se de passagem.

    Você não acha que está dando muita importância a 200 pontos de competência 5, ao custo de pontos muito mais signficativos no desenvolvimento? Acho que dava pra enxugar uma ou duas linhas dessa conclusão pra vc se sentir mais confortável no desenvolvimento, sem com isso perder seus 200 pontos de competência 5

    O Agente é o Poder Público (aqui poderia ser mais específica, e até pensar em outro protagonista, como as universidades, projetos de extensão que incluam essa aproximação com a sociedade);
    A Ação são os projetos educativos;
    O detalhamento está em eles consistirem em palestras de sociólogos, que são educações positivas e voluntárias;
    A finalidade era a orientação para a tolerância
    O motivo é a inclusão de pessoas extraordinárias.

    Resumindo, proposta completa por esses elementos, se conseguir resumir mais isso aí, encontrará conforto pra argumentar.

    Muito importante: nazismo era preconceito, não desigualdade social!

    Um detalhe que eu queria destacar no seu texto é que vi dois momentos em que o ponto-e-vírgula seria melhor apropriado, há momentos na leitura em que a vírgula posta claramente não reflete a forma como lemos o seu texto, como na antecência de “por se sentir estranho” (1º parágrafo) e de “consequentemente” (2º parágrafo).

    Além disso, tem uma vírgula comprometedora ali depois do “visto que” (1º parágrafo), um erro concordância, descubra-o! Que sirva como exercício pra não se distrair!

    Ahh sim, parênteses você muuuuito dificilmente vai usar, prefira os hífens naquele trecho dos arianos. Quando muito, você vai usar o parêntese pra colocar siglas desconhecidas que, aí sim, você estará autorizada a repetir posteriormente, mas é bem difícil imaginar a utilidade da sigla entre parênteses num momento posterior do texto.

    Sua redação beira o 900, conserte esses pontos da argumentação e a única incerteza será se o corretor estará bem ou mal humorado pra te dar mais de 900

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