O desafio de reduzir as desigualdades entre as regiões do Brasil

No filme Jogos Vorazes retrata um contexto pós-apocalíptico situado na América do Norte, no qual é governada pela Capital Panem, onde seus habitantes desfrutam do luxo soberbamente. Dessa forma, a capital controla 12 distritos, sendo que boa parte dessas províncias, os seus moradores passam por condições precárias para sobreviver. Embora seja uma ficção do século XXI, á atualidade brasileira ainda se vê nesse cenário de desigualdade social entre suas regiões, uma vez que os fatores históricos atrelados à insuficiência de políticas públicas, acentuam  a problemática. 

Em primeira análise, deve-se ressaltar que o histórico brasileiro corrobora para salientar essa disparidade. No século XX, quando iniciou o movimento de civilização, a nação estava localizada maiormente no campo. A partir do momento que houve a chegada da industrialização na região Sudeste, foi a abertura das migrações das áreas mais afastadas para os grandes centros. Sob esse viés, pode-se criar um paralelo com o presente contexto, porque ainda ocorrem essas mudanças de território, os estados, como a exemplo São Paulo, possuem maiores oportunidades de emprego, melhores condições de vida, alto índice de urbanização e industrialização. Logo, muitos indivíduos deixam suas cidades natais, por não haver recursos necessários que contribuem para suas vivências.

Além disso, é fundamental apontar a insuficiência de políticas públicas que contribuam para ampliar a questão. De acordo com o artigo 6 da Constituição Federal, o direito à vida é para todos os cidadãos e é um dever do Estado. Nesse sentido, segundo as ideias do filósofo John Locke, configura-se como uma violação do contrato social, já que o Governo não cumpre sua função de garantir que os indivíduos desfrutem de direitos indispensáveis, a exemplo da desigualdade entre as regiões brasileiras, o que infelizmente é evidente no país.

Depreende-se, portanto, a necessidade de combater esses obstáculos. Nesse âmbito, cabe ao Estado investir verbas e destinar nos locais que necessitam de maior infraestrutura. Com ajuda dos municípios, realizando projetos de desenvolvimento, incluindo saneamento básico, escolas, moradias, efetivando para que as cidades se tornem mais urbanizadas, possibilitando abertura para indústrias e consequentemente gerando emprego para as populações carentes, a fim de diminuir essa defasagem no sistema e fornecer melhores condições de vida a todos. Assim, se consolidará uma sociedade mais igualitária,  onde o Governo desempenha corretamente o seu contrato social, tal como afirma John Locke.

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