O desafio de reduzir as desigualdades entre as regiões do Brasil

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É notório que o desafio de reduzir as desigualdades entre as regiões é um dos principais problemas enfrentados pelo Brasil nos últimos anos. Desse modo, o assunto vem aparecendo cada vez mais no debate público e diversas atitudes são tomadas na tentativa de reduzir essas discrepâncias, como é o caso da reforma tributária, que busca reduzir burocracias e focalizar os tributos nas unidades estaduais. Diante do exposto, tornam-se necessárias ações para reduzir as desigualdades entre as regiões no Brasil, ora pela federalização da república, ora pela revisão do pacto federativo.

Nesse contexto, pode-se entender que a falta de federalização da república é um dos principais motivadores das desigualdades entre as regiões no Brasil. Nesse tocante, o federalismo é um sistema de organização considerado muito adequado a países como o Brasil, onde os estados possuem tamanhas diferenças culturais, sociais e econômicas, dificultando um plano central de desenvolvimento. Entretanto, ainda que declamada como “República Federativa do Brasil”, o país deixou de ser uma federação após as constituições do Estado Novo, de 1934 e 1937, que buscaram centralizar e planificar o poder no governo autoritário de Getúlio Vargas. Dessa forma, são necessárias medidas constitucionais que retomem a autonomia legislativa dos estados brasileiros. Assim, os mesmos serão capazes de prezar pelos próprios planos de desenvolvimento, sem interferência de outros estados.

Ademais, deve-se destacar o pacto federativo. Acerca disso, cerca de 70% do valor arrecadado nos estados e municípios é direcionado à União para ser distribuído igualmente estre os estados. Sob esse prisma, estados que arrecadam mais e gastam menos acabam custeando gastos de estados que arrecadam menos e gastam mais. Segundo o deputado estadual de São Paulo, Arthur do Val, “assim, o governo premia os estados que gastam mais do que deviam, incentivando-os a gastar mais”. Logo, é essencial a revisão dessa medida, para que haja maior responsabilidade fiscal por parte dos estados devedores e, assim, os estados responsáveis não sejam penalizados.

Fica evidente, portanto, que o desafio de reduzir as desigualdades no Brasil deve ser superado através da federalização da república e da revisão do pacto federativo. Nesse sentido, faz-se necessário que o Ministério da Economia, junto ao Congresso Nacional, proponha a revisão dessa medida, como um novo direcionamento de capital acumulado, através de uma proposta de emenda à constituição (PEC), para que, assim, os estados superavitários deixem de sustentar os deficitários. Além disso, também cabe ao Congresso Nacional, por meio de outra PEC, garantir a independência legislativa entre os estados, para que os mesmos possam realizar seus projetos sem uma centralização e, assim, se desenvolver melhor. Feito isso, a redução da desigualdade entre os estados, junto a um enriquecimento e desenvolvimento será realidade no Brasil.

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4 Correções

  1. C1: Demonstra bom domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa e de
    escolha de registro, com poucos desvios gramaticais e de convenções da escrita. 160.
    C2: Desenvolve o tema por meio de argumentação consistente, a partir de um repertório
    sociocultural produtivo, e apresenta excelente domínio do texto dissertativo argumentativo. 200.
    C3: Apresenta informações, fatos e opiniões relacionados ao tema, de forma organizada,
    com indícios de autoria, em defesa de um ponto de vista. 160.
    C4: Articula as partes do texto, com poucas inadequações, e apresenta repertório
    diversificado de recursos coesivos. 160.
    C5: Elabora muito bem proposta de intervenção, detalhada, relacionada ao tema e
    articulada à discussão desenvolvida no texto. 200.
    Total: 880

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  2. Oii, tudo bom?
    Sua redação está ótima, certas palavras enriqueceram e houve a norma culta. Porém, atente-se a certas frases que acabam confundindo como essa: “Sob esse prisma, estados que arrecadam mais e gastam menos acabam custeando gastos de estados que arrecadam menos e gastam mais“. Nessa frase, não consegui entender a mensagem e no último parágrafo foi muito longo sendo deveria apenas ter a conclusão, parabéns pela sua redação e continue praticando.

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  3. Competência I: demonstrar domínio da norma culta da língua portuguesa
    140
    Competência II: compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo
    160
    Competência III: selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista
    160
    Competência IV: demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação
    140
    Competência V: elaborar proposta de solução para o problema abordado, mostrando respeito aos valores humanos e considerando a diversidade sociocultural
    140
    nota: 740

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  4. olá! tudo bem?
    vou analisar algumas situações na sua redação!

    1° parágrafo:

    – cuidado com o uso de palavras no gerúndio (NDO)
    – tente deixar sua tese 1 e tese 2 expostas no último período do parágrafo

    2° parágrafo:

    – gostei bastante da sua argumentação

    3° parágrafo:

    – aquele período em que comenta sobre “estados que gastam mais” ficou meio confuso, tente deixá-lo mais simples e de fácil entendimento.

    – senti falta de um repertório sociocultural mais concreto, com fontes e produtivo ao assunto

    4° parágrafo:

    – gostei bastante da sua proposta de intervenção, porém falta o detalhamento e o meio em que ela será feita

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