O desafio de promover a literacia como fórmula de estimular a formação de novos leitores

Na obra literária “A menina que roubava livros”, conta a história de uma menina chamada Liesel que tinha muita vontade de aprender a ler, no entanto, possuía muita dificuldade. Em um dia seu pai percebe a disposição da menina em aprender  e ele acaba ensinando ela. Neste contexto a realidade brasileira é totalmente ao contrário, visto que essa literacia familiar não ocorre com tanta frequência. Esta negligência familiar junto a ausência da fiscalização por parte da evasão escolar são os grandes desafios para a formação de bons leitores.

Deve-se pontuar de início, a negligência familiar sobre a literacia, de tal modo que os pais acreditam que cabe a escola ensinar os filhos a ler e a escrever. Como diz o filósofo Pitágoras, “Eduquem as crianças e não será necessário castigar os homens “. Nesta linha de raciocínio, pode relacionar a importância da literacia familiar, visto que as crianças se sentem mais interessadas pela leitura, e ademais, chegam mais preparados aos anos iniciais do ensino fundamental. Nesse sentido a falta de cooperação dos pais no meio escolar, faz com quem poucas crianças futuramente sejam bons leitores. Desse modo, faz-se necessária reformulação dessa postura estatal de forma urgente.

Em segundo lugar, pode-se, citar a desatenção do conselho tutelar no aumento desta evasão escolar que já ocorre no início da vida acadêmica das crianças. Segundo pesquisas realizadas pelo IBGE em 2018, cerca de 56,2% brasileiros são analfabetas e a maior parte com 15 anos. Muitas crianças não são colocadas na escola ou são retiradas delas, de tal modo que as famílias em situação de vulnerabilidade não acreditam que estudo é importante para a vida. É válido ressaltar que a educação precária também cria este pensamento nas famílias, pois a educação em escolas públicas é muito instável. Descarte, tudo isso retarda a resolução do empecilho, já que a falta de fiscalização desta evasão escolar  contribui para a perpetuação desse cenário caótico.

Portanto, é concludente dizer como é difícil promover a literacia que se aprofundam no analfabetismo. Para combater estes empecilhos, o governo federal deve atuar por meio das mídias sociais, que a partir do Ministério da educação, desenvolva palestras ‘on-line’ informando sobre a importância e como desenvolver a literacia familiar, com a finalidade de fazer com que as crianças desde cedo se interessam pela leitura. Ademais, ainda por meio do Estatuto da criança e do adolescente, o MEC deve propor o aumento nas fiscalizações do conselho tutelar principalmente em lugares de grande vulnerabilidade social, com o intuito de que mais crianças possam ter o acesso à educação. A partir dessas medidas, a obra supracitada não mais representará o comportamento negligenciado de algumas famílias diante da literacia.