“O desafio de combater o preconceito linguístico no Brasil”

Na obra “Pronominais”, de Oswald de Andrade, a narrativa introduz a temática de variação linguística e exemplifica como a linguagem verbal pode diferir-se da forma padrão da escrita. A produção literária possui verossimilhança notável, visto que o tema está associado a um assunto de elevada relevância na sociedade brasileira: o preconceito linguístico. Diante deste cenário, é imperioso ressaltar fatores que contribuem para a problemática, dando destaque à desigualdade social e ao regionalismo.

A discrepância socioeconômica é um dos fatores que determina o preconceito. Visto que, a parcela mais à margem da população, geralmente não usufrui da totalidade de seus direitos, tal como, a educação. Dessa forma, cidadãos com menor nível de escolaridade e pouco acesso à cultura, acabam oprimidos. Dado que não aprenderão a norma culta da língua, portanto dominarão somente as formas mais informais e de menor prestígio.

Ademais, o Brasil é um país com regiões distintas culturalmente. Desse modo, os moradores de cada estado possuem as suas particularidades na hora de se expressarem verbalmente. Nesse viés, é pertinente ressaltar que não existe uma maneira de fazer com que toda a população fale da mesma forma. Pois, entende-se que a língua é viva, portanto, modifica-se temporalmente e geograficamente.

Contudo, são necessárias medidas capazes de mitigar a problemática. Para tanto, urge que, a fim de garantir uma sociedade livre de preconceitos, o Ministério da Cultura, por meio do direcionamento de verbas governamentais, crie campanhas que promovam a tolerância e conscientização a respeito das diferenças da língua, de modo a educar os cidadãos sobre o assunto. Assim, a sociedade brasileira poderá evoluir e diferir do contexto apresentado atualmente.